“One stop shop” é um termo para designar, em linhas gerais, a concentração de uma série de serviços correlatos ou afins em um lugar único. No setor saúde, por exemplo, é aplicado quando unidades reúnem em um complexo os mais diversos tipos de exames, procedimentos e atendimentos multidisciplinares.
Atualmente, serve para a gestão também, e isso tem sido uma tendência para profissionais da área médica que possuem um CNPJ, tanto para prestação de serviços médicos quanto para as clínicas. Ou seja, o conceito “one stop shop” dentro de um contexto de inovação é diretamente relacionado à “ecossistema”. As gestões dos CNPJ médicos e dos consultórios buscam a convergência de processos e etapas em apenas uma solução tecnológica.
Em outras palavras: uma plataforma que reúna funcionalidades da atividade-fim e das atividade-meio (gestão fiscal, contábil, agendamento, prontuário médico e de suprimentos). Não há mais razão para os médicos ou os administradores de clínicas navegarem em diversos softwares de forma isolada. Prontuário eletrônico, agendamento e módulo financeiro, contabilidade não interligados, sem geração de valor já é tido como um modelo ultrapassado.
A avaliação é da educadora financeira Júlia Lázaro, sócia da Mitfokus, empresa especializada na área de saúde. Para ela, a implantação do “one stop shop” requer uma mudança de cultura na gestão dos serviços de saúde. No entanto, o esforço vale a pena. A gestão integrada de diferentes serviços com uso de tecnologia traz eficiência, redução de custos, otimização de utilização do tempo, e vantagem competitiva em um mercado em constantes mudanças.
“O conceito de ‘ecossistema’ permite o monitoramento dos aspectos financeiros e o planejamento tributário do consultório, de acordo com as particularidades típicas das atividades médicas e de saúde. Isso representa ganho de tempo e evita o que chamamos de ‘ralos financeiros’, isto é, o desperdício de recursos – os gastos desnecessários”, adverte a administradora.
A experiência de Júlia Lázaro na Mitfokus corrobora a importância de os profissionais de medicina automatizarem, de maneira ecossistêmica, a gestão de seus consultórios. Um levantamento da empresa constata que, de cada dez profissionais, praticamente nove pagam mais tributos do que deveriam, justamente por não conseguirem identificar a ocorrência dos ditos “ralos financeiros”.
O primeiro passo para a informatização já está dado, com a recorrente implantação de softwares para atividade-fim. “A telemedicina, por exemplo, cresceu muito nos últimos meses, no período de pandemia que restringiu a ida a consultórios. É preciso integrar, então, as ferramentas de atendimento online com as soluções de gestão”, observa a executiva.
O que, num primeiro momento, requer investimentos, em médio e longo prazo representa “ganhos na gestão do dia a dia do profissional; na gestão do tempo, e na eficiência dos processos”, sublinha a especialista.
Júlia Lázaro cita, nesse sentido, a solução API, programa que viabiliza a interface dos softwares de consultórios com os fornecedores. “O médico não quer, e nem tem tempo, para lidar com fornecedores, por exemplo. Então, ele precisa de um ecossistema, integrado, com o conceito de ‘one stop shop’, para aumentar sua produtividade”.
A Mitfokus conta hoje com cerca de 1,2 mil clientes, entre profissionais, clínicas e hospitais, com mais de 40 especialidades médicas, em todo o Brasil. Com unidades no estado de São Paulo (em Campinas e na capital paulista), a empresa presta serviços em consultoria tributária, consultoria financeira, contabilidade, orientações em fusões e aquisições. Promove ainda palestras e cursos online na área.
Fonte: (https://mitfokus.com.br/).