As compras por impulso atingem consumidores no mundo inteiro. Desejos momentâneos, picos altos de estresse, sobrecarga emocional ou felicidade são alguns dos principais motivos para esse comportamento. Porém, o maior vilão nesses casos são as complicações financeiras que impactam diretamente em metas futuras, qualidade de vida e até mesmo o planejamento familiar.
Segundo um estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, apenas no Brasil, 44% das compras realizadas pela internet são feitas por impulso. Não à toa, há uma alta taxa de brasileiros endividados justamente por conta desse descontrole financeiro: a porcentagem de famílias com dívidas atingiu 66,5% no início de 2021, de acordo com a com a Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Inclusive, em outubro é celebrado o “Dia do Consumo Consciente”, que visa educar o consumidor sobre a importância de refletir previamente as necessidades de determinada compra. Para ajudar as pessoas no seu dia a dia, confira quatro dicas simples que podem evitar as compras por impulso e, consequentemente, manter o planejamento financeiro em dia.
. – Consumo Consciente – As datas sazonais, a exemplo do Natal e do Black Friday, estimulam as compras por impulso, uma vez que existem inúmeras promoções imperdíveis sendo anunciadas a todo momento. Mas, Pamela Paz, CEO da Tuim, primeira empresa de móveis residenciais por assinatura, faz um alerta:
Lembre-se que nada é mais caro do que um produto que você não precisa, por mais barato que seja. “Grande parte do que compramos não é reaproveitado, colaborando cada vez mais para o acúmulo de lixo. Além disso, muitos itens são altamente prejudiciais ao meio ambiente durante sua etapa de produção, a exemplo dos móveis e eletrodomésticos.
Para se ter uma noção, apenas nas cidades da Grande São Paulo, 27 mil toneladas de resíduos são enviadas para aterros sanitários todos os dias, sendo a maior parte desse lixo formado por móveis descartados, na maioria das vezes, antes do final da sua vida útil e de maneira incorreta. Precisamos repensar cada vez mais o consumo e promover o uso mais eficiente dos recursos”, completa Pamela.
. – Equilíbrio Financeiro e Emocional – Vivemos na sociedade do consumo, sendo assim, todos os dias somos bombardeados pela constatação de novidades e pelo contexto de que o que temos está desatualizado. Com isso, o desejo de compra se instaura e muitos aguardam datas que justifiquem o consumo mesmo que desnecessário e imprudente e é assim que as compras em datas como Black Friday disparam.
“É importante pensar: a necessidade da compra é real? Vontade e necessidade são conceitos diferentes. A vontade passa e o produto, o custo e as parcelas ficam. Evite fazer compras depois de dias difíceis, quando estiver emotivo e sensível. Não compre porque está em promoção, compre porque precisa do produto em seu uso”, afirma Denise Ayres d’Avila, psicóloga e membro da Doctoralia, maior plataforma de saúde do mundo.
. – Não Precisamos Comprar tudo para ter acesso – O modelo on demand ganhou ainda mais força nos últimos anos, ao passo que vivemos em constante mudança e buscamos formas de se adaptar para gerar um resultado mais eficaz em menos tempo. Este modelo de contratação une novas tecnologias e atendimento personalizado, isto é, o cliente possui acesso ao produto ou serviço no momento que for melhor para ele.
“A assinatura de móveis, por exemplo, já é vista como a solução perfeita, afinal, quando você opta por alugar um móvel ao invés de comprar, além de praticidade, conforto e flexibilidade, você economiza financeiramente e contribui com o meio ambiente.
Saber quanto gastamos ao comprar móveis parece simples e evidente, porém, precisamos nos atentar que existem vários outros custos ocultos como tempo, dinheiro, montagem, rápida depreciação, manutenção e até mesmo a preocupação com o descarte correto do mesmo”, destaca Pâmela.
. – Faça uma Lista de necessidades x vontades – Evite navegar por sites sem objetivos delimitados, isto fará com você tenha vários objetos que não utiliza em casa só porque o preço parece bom. Para Denise, refletir sobre o orçamento e como a compra irá gerar inúmeros sacrifícios em outras áreas, é a melhor saída.
“Pense no que você está comprando dentro da sua rotina, do seu uso e reflita se não está agindo impulsivamente. Faça uma lista de prioridades, necessidades e vontades, afinal, você merece tudo, principalmente estar tranquilo com seu orçamento”, conclui a psicóloga. – Fonte e mais informações: (www.doctoralia.com.br).