Os indícios foram identificados a partir de problemas ocorridos em contratos anteriores.
“Nós pegamos casos de corrupção confirmados e fomos estudar os editais de licitação. Verificamos que esses editais possuíam características comuns”, disse ao palestrar na universidade Mackenzie. Esses pontos foram usados para elaborar um programa que faz uma triagem nos textos das concorrências públicas.
“A partir daí, a turma de TI desenvolveu um algoritmo que identifica esses casos. Diariamente, 250 licitações de pregão eletrônico vão para o sistema de compras do governo federal”, explicou o ministro. O uso do processamento digital permite que a CGU consiga analisar a grande quantidade de processos de licitação abertos.
“São em torno de 5 mil páginas de edital de licitação por dia e o algoritmo tentando identificar aqueles problemas que, quando presentes em editais anteriores, ocasionaram casos de fraude. A partir dessa análise nós levantamos os editais que apresentam risco de ocorrência de fraude”, acrescentou. As licitações com pontos duvidosos são, então, checadas por uma comissão do órgão. “E as recomendações de resoluções de problemas vão antes da licitação ocorrer”, disse (ABr).