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As principais tendências em mobilidade de carreira para próximos anos

em Destaques
quarta-feira, 19 de maio de 2021

Uma pesquisa com líderes empresariais indicou a mobilidade de carreira como um tema em ascensão dentro de RHs no Brasil e no mundo. O estudo “Mobilidade de carreira: a estratégia para crescer”, realizado pela consultoria RedThread Research em parceria com a plataforma de upskilling Degreed, identificou as cinco principais tendências que devem guiar as estratégias de líderes e gerentes nos próximos anos para aumentar a retenção de talento, manter a competitividade e se preparar para as mudanças de seus setores.

A pandemia evidenciou as carências associadas a alguns dos maiores desafios da área de Recursos Humanos. Por conta da crise sanitária, empresas mundo afora tiveram de reformular estratégias, reavaliando suas estruturas de apoio e como seus funcionários se movimentam por elas. Com isso, cada vez mais, os líderes vêm entendendo o poder da mobilidade de carreira.

Segundo os líderes ouvidos pela pesquisa, ainda faltam processos que guiem e conduzam a implementação de políticas de mobilidade de carreira que, ao mesmo tempo, equilibrem as necessidades de funcionários e da empresa. O estudo identificou também um enorme crescimento na área de mobilidade profissional, tanto pela presença nas agendas dos líderes, quanto nas soluções técnicas oferecidas no mercado.

Cinco tendências em mobilidade foram identificadas:

  1. Mais experimentação. As organizações já evoluíram muito desde o tempo em que as abordagens tradicionais eram aplicadas para qualquer necessidade. Elas vêm adotando novos procedimentos, nem que seja “só para experimentar”.
  2. Falar sobre igualdade de condições. Provavelmente devido às suas origens, as organizações costumavam reservar a mobilidade profissional para colaboradores com alto potencial e/ou para aqueles vistos como futuros líderes. Muitos líderes falaram sobre mobilidade profissional como uma forma de resolver questões de diversidade, inclusão, equidade e pertencimento, disponibilizando oportunidades para mais pessoas.
  3. Mais oportunidades para os colaboradores. Conforme as organizações vão se afastando dos planos de carreira rígidos que atendem apenas aos próprios interesses, as oportunidades para os colaboradores se ampliam e eles podem criar a carreira que quiserem, mesmo que seja completamente diferente das escolhas de outras pessoas.
  4. Mais dados, decisões melhores. É difícil discutir mobilidade profissional sem falar de habilidades. As organizações estão analisando como entender as capacidades dos colaboradores por sua experiência e habilidades e como usar essas informações para tomar as melhores decisões sobre talentos e mobilidade.
  5. Tecnologias facilitadoras. No passado, a mobilidade era basicamente manual e dependia das impressões dos gerentes e da proatividade dos colaboradores. Agora, a tecnologia trouxe uma série de facilidades. A pesquisa constatou um aumento no número e na sofisticação de tecnologias que tornam as oportunidades mais transparentes; ajudam os colaboradores a planejar suas carreiras; combinam dados e informações para ajudar os líderes a tomar decisões melhores; e oferecem trabalho em meio período ou temporário internamente aos colaboradores.

Para Débora Mioranzza, Vice-presidente para a América Latina e Caribe da Degreed, ao pensar em estratégias de mobilidade, muitos líderes ainda se perguntam por onde começar. “O primeiro passo na hora de pensar em uma estratégia de mobilidade de carreira é fazer uma análise compreensiva das habilidades em sua empresa para, assim, facilitar a conexão entre funcionários qualificados e oportunidades internas disponíveis”. Segundo ela, a questão da mobilidade está evoluindo dentro de empresas para oferecer ainda mais liberdade e oportunidades — tanto aos funcionários, como às próprias organizações.

“Já há algum tempo, temos observado que as empresas que conseguem mobilizar seu quadro de talentos rapidamente, para aproveitar novas oportunidades, têm uma chance maior de superar seus concorrentes, além de aumentarem índices de retenção e participação e de melhorarem o planejamento de sucessão”. – Fonte e outras informações: (https://degreed.com/).