O senador Álvaro Dias (Podemos-PR), pré-candidato a presidente da República, defendeu ontem (4), que a indicação de ministros do STF seja feita por meio de lista tríplice, seguindo critérios de meritocracia.
Em crítica ao STF, Álvaro Dias disse que atualmente as leis são “interpretadas ao sabor de conveniências e circunstâncias” pelos ministros. Ele afirmou que a medida poderia “eliminar suspeições” que pairam sobre decisões de ministros da Corte.
O senador também fez críticas diretas à reforma trabalhista e declarou que será preciso que o próximo presidente promova mudanças na proposta da reforma da previdência, em tramitação na Câmara. “Não há como evitar a idade mínima e não há como não convergir os sistemas público e privado. Não se fará reforma da previdência sem eliminar privilégios de autoridades”, disse o senador, durante participação no evento Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidência da República, promovido pela CNI.
Álvaro Dias diz que reforma trabalhista produziu avanços, mas criticou o mecanismo de trabalho intermitente e a possibilidade de mulheres lactantes trabalharem em locais insalubres. Em âmbito internacional, Dias disse que o País deve tentar vincular o Mercosul a acordos comerciais com o Mercado Comum Europeu. Na Petrobras, ele defende que seja estabelecida “competição” na exploração, prospecção e distribuição de combustível.
Em sua proposta de reforma do Estado, o senador afirmou que é preciso eliminar toda espécie de penduricalho que complemente os rendimentos de autoridades de alto escalão e manifestou apoio à proposta de estabelecer um teto salarial. Dias afirmou que existem orçamentos engordados na administração pública, como universidades federais e particulares, que recebem recursos por meio do FIES, além de desperdícios com alugueis de imóveis (AE).