O candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin, defendeu ontem (29), em Brasília, um plano plurianual de safra e a criação do seguro de renda para a iniciativa privada e de um fundo anticatástrofe para atenuar grandes prejuízos.
Essas e outras propostas foram apresentadas durante um encontro promovido pela CNA e o Conselho do Agro, que reúne entidades do setor agropecuário.
“Se conseguirmos equacionar bem o recurso de renda, vamos resolver as questões do endividamento e do crédito agrícola”, disse, se comprometendo a oferecer um crédito mais barato para estimular a atividade econômica. No comércio exterior, ele defendeu o combate ao protecionismo, com a abertura de mercados e novos acordos comercias, inclusive com países do Pacífico. Para garantir a oferta de produtos nos mercados internacionais, o candidato acredita que é preciso dar mais segurança jurídica aos empresários.
A proposta de Alckmin é zerar o déficit primário em até dois anos, caso eleito. “Isso vai aumentar a confiança e atrair investimentos para o país”, disse, destacando que a estimativa é que a dívida pública bruta chegue a R$ 5,3 trilhões, ou seja, 77% do PIB, enquanto o déficit primário previsto é de R$ 159 bilhões. Segundo ele, isso pode ser feito com redução de despesas e reformas estruturantes, como a da Previdência.
“Nossa Constituição é detalhista e enciclopédica, temos que mudar isso”, disse, destacando que os primeiros meses de governo serão centrais para os arranjos e definição das reformas que serão feitas.
Alckmin defendeu ainda a simplificação do sistema tributário, com o estabelecimento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), uma boa política monetária e um câmbio competitivo para incentivar a atividade empreendedora (ABr).