Futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina afirmou ontem (13) que sua pasta deverá incorporar o setor de pesca e as políticas relacionadas à agricultura familiar e reforma agrária.
Atualmente, essas estruturas estão sob duas secretarias especiais vinculadas diretamente ao Palácio do Planalto, mas sem status de ministério.
A incorporação dessas áreas à pasta da Agricultura ainda está em análise, que ela pretende concluir em até duas semanas. “A pesca, que vai voltar pra agricultura, é uma hipótese, isso não está concluído. A transição é pra isso, pra gente levar a estrutura. Agricultura familiar se estuda, sim, não é uma coisa que está definida, mas ele [Bolsonaro] me pediu hoje para ver. Vamos sentar com o Incra e com o pessoal da agricultura familiar”, detalhou.
Para Tereza Cristina, é preciso avaliar se a unificação dessas áreas vai demandar algum tipo de alteração legal, via projeto de lei ou decreto. No caso dos pequenos agricultores e dos assentamentos de reforma agrária, a ministra adiantou que o foco para este segmento é desenvolver a produção. “É um setor que precisa muito ser desenvolvido. A gente quer que esse setor produza, tenha renda, que melhore e cresça”, afirmou.
A deputada ainda mencionou que as políticas de irrigação, atualmente vinculadas ao Ministério da Integração Nacional, também podem ir para a futura superpasta da Agricultura. A futura ministra disse que, por enquanto, seguirá presidindo a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), já que seu mandato se estende até fevereiro de 2019, mas deverá pedir afastamento antes do fim desse período para poder se dedicar à transição de governo. Ela será sucedida no cargo pelo deputado Alceu Moreira (MDB-RS), que é seu vice na FPA.
Sobre a composição da equipe, afirmou que escolherá pessoalmente o secretário-executivo da pasta e que, para as outras áreas, ainda analisa perfis que espera para os cargos. “Estou vendo os perfis, vendo as secretarias, mas o ministério tem cargos, as pessoas são de carreira, e é gente muito qualificada”, afirmou (ABr).