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A relação da tributação com a competitividade da sua empresa

em Destaques
quinta-feira, 04 de maio de 2023

Atenção à gestão tributária deve ter importância redobrada para empresas que almejam o crescimento.

De fato, manter um bom nível de competitividade é um objetivo pautado por empresas que esperam crescer com suas operações. Visando um salto econômico e a própria expansão das atividades comerciais, fatores que credenciam um posicionamento de destaque no mercado, o gestor tem o desafio de identificar pontos favoráveis à lucratividade do negócio, sem que empecilhos ofusquem planejamentos estratégicos estruturados sob esta finalidade.

Com base em uma visão macro sobre o tema, também é verdade que não são poucas as condições que favorecem ou prejudicam o desenvolvimento de companhias, independentemente de segmentos e escalas de trabalho. Por exemplo, se temos profissionais qualificados, mas as ferramentas disponibilizadas não acompanham a excelência desses colaboradores, não é concebível esperar que os resultados sejam positivos. Os riscos, no caso, existem.

A relação da empresa com a tributação pode ser um trunfo ou um entrave para a conquista de mais competitividade. É preciso reconhecer a realidade fiscal e suas nuances, de modo a garantir uma gestão eficiente, segura e que coloque as atividades em sinergia com a legislação fiscal, sem margem para surpresas desagradáveis.

Mas sem estabilidade tributária, o que se perde? A tributação tem influência direta sobre a precificação de produtos e serviços. Uma carga tributária elevada provoca custos elevados e hoje, no Brasil, de acordo com um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 33,9% do PIB nacional é composto por impostos.

Sob a perspectiva da governança corporativa, essa condição prejudica o fluxo de recursos direcionados para finalidades importantes, passando desde o investimento em melhorias internas à criação de projetos promissores.

Em um efeito dominó, a lucratividade acaba permanecendo à deriva de uma situação de inconstância na área fiscal, com pagamentos frequentes de impostos os quais, nem sempre, estão sendo conduzidos dentro do que é previsto para o modelo tributário adotado pela organização.

Não se trata de exigir que um empresa com nenhuma especialização no campo tributário — reconhecidamente complexo e volátil — tenha um espaço de excelência em operações voltadas para o setor. Porém, é imperativo que essas dificuldades mencionadas sirvam de motivação para que cada vez mais lideranças procurem por soluções efetivas. Certamente, as demandas são numerosas, mas ninguém está sozinho nessa jornada e, felizmente, o mercado de ferramentas fiscais tem atuado com esse mesmo mindset.

Utilizando como referência a hipótese de que a gestão tributária está nos conformes, guiada por profissionais capacitados e uma postura de observância às regras fiscais, a análise é, por efeitos práticos, muito mais otimista. Aqui, o contexto é de segurança econômica, seguindo pilares de conformidade, transparência e racionalização de recursos. Com o cumprimento de todas as obrigações, problemas e cobranças financeiras dão lugar a benefícios fiscais, reduzindo a ocorrência de multas ou sanções altamente prejudiciais.

Logo, é plenamente possível colocar o equilíbrio na tributação como um ponto crítico para a continuidade e o avanço de organizações, com base, especialmente, nos diferenciais que um ambiente tributário consolidado oferece às empresas. Todos as vantagens, inclusive as de teor competitivo, serão consequência de uma nova rotina fiscal, dessa vez, apoiada por princípios regulatórios de valor inestimável.

Poder contar com ferramentas tecnológicas que permitem à companhia uma tributação adequada, com comparativo de preços que considerem o regime tributário do fornecedor e adquirente e que permita de fatio considerar o melhor valor em termos financeiros e tributários e, além disso, contar com uma equipe de profissionais (sejam estes internos ou externos) para revisar pontos de atenção e realização de planejamento tributário estratégico são pontos a serem altamente considerados quando se fala em competitividade financeira e por que não tributária.

Fonte: Karen Semeone é Gerente Tributária da Systax, Advogada e especialista em impostos).