Yuri Lazaro de Oliveira Cunha (*)
Quantas pessoas que você conhece que já quebraram? Algumas, né?!
Para que você não entre nessa estatística, mesmo já tendo uma empresa aberta. Eu preciso que você preste atenção, nesse tema que é superimportante!
Acredito que todo mundo deveria fazer pesquisa de mercado. Periodicamente, você precisa repensar sobre a rota da empresa.
As decisões que estamos tomando estão alinhadas com a nossa visão estratégica de longo prazo? É muito importante fazer perguntas como: Nosso portfólio de produtos tem aderência com os nossos territórios de atuação? Com o nosso segmento clientes? Nosso preço está adequado? Como está o nosso posicionamento? Nossas ações de divulgação são efetivas?
Existem várias empresas de pesquisas de mercado, com relatórios de quase todos os setores e nichos, mas estas pesquisas são caras e nem todo empreendedor tem recursos para investir neste tipo de relatório. Em média essas pesquisas custam de R$ 20 a R$ 150 mil reais.
E aí você se pergunta… Por onde devo começar? Eu vou te mostrar 9 maneiras simples e práticas, para que hoje mesmo você possa começar a sua pesquisa de mercado, com informações de alta qualidade.
A primeira é pesquisar informações internas. Todas as empresas possuem informações e muitas vezes, não sabem o que fazer com elas, muitas informações estão espalhadas e não são estruturadas. Você deve analisar questões, como: Quais e por que são os produtos mais vendidos? E os menos vendidos? Quais são seus clientes? Podemos agrupá-los em segmentos/nichos? Qual é o giro dos produtos? Quais tem recompra? Com qual ticket médio? Qual é a percepção dos colaboradores sobre a nossa empresa e dos nossos concorrentes?
A segunda maneira é buscar dados públicos na internet: sites de associações empresariais e profissionais (para o segmento gráfico e editoras: SINDIGRAF; têxtil: ABIT; salões de beleza: ABSB; padarias e confeitarias: ABIP; pet shops: ABINPET; entre outros, dados como: valor de mercado, crescimento/retração, …), relatórios de empresas de listadas na bolsa de valores (as empresas nos relatórios anuais, falam sobre o seu faturamento, estratégia, e fornecem muitas informações técnicas do negócio), revistas e jornais de negócios (valor, exame, época negócios, istoé dinheiro, entre outros) e do seu setor, IBGE (população de uma cidade, faixa etária, nível escolar, renda, são vários dados que são interessantes para definir e entender sobre o público alvo) e dados do governo.
A terceira forma é olhar o Google Trends, que é uma ferramenta poderosa para saber se o produto ou serviço está sendo mais ou menos procurado, em determinada região e data.
A quarta é fique próximo e fale com os clientes: Por que eles te escolheram? Preço, Produto, Agilidade, Qualidade, Atendimento…? Como foi a experiência de compra? E a entrega do produto ou serviço? Existem pontos a serem melhorados / reclamações? As reclamações são uma fonte poderosa de inovações e melhora de satisfação dos clientes, não tenha medo delas! Aceite abertamente uma visão externa.
A quinta maneira é aplicar questionários. Procure maneiras criativas e atrativas, ofereça brindes ou descontos para que as pessoas participem da pesquisa. Pesquise as formas adequadas de criar um questionário, peça opiniões para os colaboradores, e teste a pesquisa antes de aplica-la. As pesquisas são físicas (papel) ou digitais (formulários do google, typeform, entre outros).
A sexta abordagem é fique de olho em seus concorrentes, compare: Qual o mix de produtos/serviços? Quais são os preços? Possuem programa de fidelidade? Quais promoções que realizam? Em que épocas do ano? Com qual frequência? Quanto dão de desconto? Como eles divulgam o negócio? Jornal do bairro, Panfletos, Instagram, Facebook, Youtube, Google Maps, Waze…? Com que frequência eles fazem propagandas e de quais produtos?
Por exemplo, seu concorrente tem estacionamento ou vagas disponíveis para clientes, se o seu ponto não tem, você deveria considerar uma parceria com um estacionamento ou algo do gênero.
E não veja seus concorrentes como inimigos, tem mercado para todos. Nessa época de crise muitas empresas se ajudaram, em especial: produtoras de eventos, agências de viagens, entre outros.
A sétima é como os clientes te avaliam na internet? No Google, ao jogar o nome da sua empresa, o que mais aparece? e em quais sites? Análise sites, como: Reclame Aqui (Existem reclamações? Quais são as reclamações?); Google Maps/Facebook (Quantas estrelas? Quais os comentários?). Aprenda com seus erros!
A oitava dica é utilize o Cliente Oculto, para descobrir informações valiosas. Podemos descobrir: O que os funcionários falam da empresa? Como oferecem os produtos e serviços? Como está o nosso atendimento? Como está a limpeza e aparência da empresa? É necessário treinar ou recapacitar a equipe? Precisamos melhorar a comunicação?
A nona é fique calmo! Você não precisa fazer sozinho e nem saber de tudo! Existem profissionais freelancers e pequenas agências, com valores acessíveis. Não tenha receio de delegar. O seu tempo é mais valioso em coisas que você domina e na gestão do negócio.
Mas mais do que isso: Transforme essas informações em ações práticas no seu negócio!
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Um forte abraço até mais!
(*) É Diretor Fundador da YLX Educação Autêntica – Boutique de Treinamento em Gestão e RH Ágil. Professor Head dos MBA em Gestão de Inovação, MBA em Estratégia Corporativa, MBA em Gestão de Negócios e da pós em Gestão de Projetos da BSP – Business School São Paulo. Professor da ESPM, Belas Artes, Metodista, UNIFACS, Sustentare e Senac. Doutorando e Mestre em Administração de Empresas pela EAESP-FGV. Nos últimos anos, conduziu projetos e iniciativas de grande parte das maiores e mais prestigiadas corporações que compõem a lista da Fortune 500.