Renato Alves (*)
A crise gerada pelo novo coronavírus tem abalado diversos setores da nossa economia.
No entanto, assim como o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Winston Churchill, acredito que grandes oportunidades surgem em períodos de instabilidade econômica. Apesar das perdas, os empresários estão tendo a chance de se organizar e se renovar, a nível de inovação, identificando as melhores maneiras de levarem os seus produtos até o consumidor, minimizando prejuízos.
A quarentena e o isolamento social trouxeram muitas lições para quem tem um empreendimento próprio. Além de reforçarem a importância dos negócios feitos digitalmente e deixarem em evidência o valor das redes sociais, que permitem um contato rápido e direto com os clientes, também colocaram a exposição o quanto a busca por novas estratégias e nichos de atuação devem ser constantes. Nesse sentido, pensar em internacionalização passou a fazer parte do jogo.
Profissionais autônomos, que antes viam a diversificação de investimentos fora do Brasil como um bicho de sete cabeças, passaram a entender que ter uma reserva financeira em países com moeda forte, como é o caso dos Estados Unidos, é mais do que obter rendimentos com ganhos significativos. É um jeito incontestável de assegurar o seu patrimônio, uma vez que corremos um risco maior quando concentramos todos os nossos recursos em uma única moeda.
Independente de qual for o tamanho da sua empresa, tenha em mente que levá-la para fora é uma boa alternativa para acelerar o seu desenvolvimento. O objetivo número um de praticar o comércio exterior é encontrar pessoas que estejam interessadas em adquirir os seus produtos e serviços tanto quanto, ou até mais, que o seu público regional. Com uma gama de consumidores potenciais, a globalização é favorável para a expansão das vendas, garantindo o sucesso.
Algumas pessoas me perguntam qual é a melhor forma de marcar presença no mercado internacional e destaco três possibilidades: a exportação das mercadorias diretamente do Brasil (forma mais prática e segura para quem está começando), a abertura de filiais (opção normalmente escolhida por empresas que já estão em estágio avançado) ou encontrar parceiros comerciais que possam ajudá-lo na operação, intermediando nas negociações com os estrangeiros.
Quem deseja expandir as atividades para além das fronteiras deve contar com o apoio de uma assessoria especializada para evitar problemas e frustações, já que a escolha de qual caminho seguir leva em consideração inúmeros fatores. É preciso conhecer as regiões para onde se pretende enviar os produtos, a documentação exigida para o trâmite das mercadorias e entender como vai receber pela venda. Pequenos descuidos podem inviabilizar todos os planos.
Não sabemos quais países vão apresentar os melhores índices econômicos quando a pandemia acabar, mas devemos ficar de olho. Se feita de forma correta, a conquista do mercado exterior e a diversificação dos investimentos com certeza levará a sua firma para o mais elevado nível possível, proporcionando um resultado surpreendente.
Depois de nove meses de pandemia, chegou a hora de levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima.
(*) – É Diretor de expansão da Bicalho Consultoria Legal, empresa especializada em internacionalização de negócios e franquias.