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Por que investir em segurança da informação

em Artigos
terça-feira, 15 de março de 2022

João Paulo Costa Pereira (*)

Recentemente li uma pesquisa da Kaspersky sobre o aumento de 23% de ciberataques no Brasil em 2021, em comparação com o ano de 2020.

O levantamento foi realizado em toda a América Latina e o Brasil está na liderança da lista com 1.395 tentativas de infecção por minuto, seguido pelo México que possui 300 ataques. Em 2020 todas as empresas do mundo foram pegas de surpresa ao terem que tornar o seu trabalho remoto de forma emergencial.

Os executivos não se atentaram à importância da segurança da informação nos seus negócios neste período, e não souberam realizar essa migração de forma segura. A maioria dos colaboradores precisou utilizar seus próprios computadores, que não possuem a segurança necessária para o trabalho, tornando assim, seus dados e arquivos vulneráveis a ataques cibernéticos.

De acordo com uma pesquisa da Flipside, de 2019, os principais fatores que abrem brechas para os hackers são 52,8% phishing; 48,1% compartilhamento de senhas; e 30,4% grupos de trabalho no WhatsApp. Infelizmente, muitos empresários só percebem a importância da segurança da informação quando sofrem ataques cibernéticos e fraudes, perdendo arquivos e documentos essenciais para exercerem seu trabalho, causando assim, prejuízos financeiros na recuperação dos dados e das máquinas.

O principal ponto para decidir investir na segurança da informação nas empresas é para fortalecer a segurança dos dados, tornando a organização segura para enfrentar ameaças de hackers. O fortalecimento dos mecanismos e das práticas de segurança favorece a atuação analítica do departamento de TI, blinda as operações e garante aos executivos que os dados estão sempre íntegros. Além de ser uma estratégia financeira, pois é melhor investir na prevenção dos riscos, do que arcar com os prejuízos dos ataques.

Quando há um prejuízo financeiro, as empresas perdem valor competitivo frente aos concorrentes, sem contar a imagem negativa perante o mercado. Além disso, a LGPD pode cobrar uma multa da organização por não tratar dos dados pessoais dos clientes. O descumprimento dela pode variar, por infração, de 2% do faturamento bruto a R$ 50 milhões.

Penso que a melhor maneira de mudar este cenário dentro das organizações é buscando auxílio de empresas especializadas no assunto. Profissionais que possam analisar as condições de proteção das informações do negócio, realizar um diagnóstico e poder traçar uma estratégia eficaz.

Esse movimento requer um novo olhar para o uso da tecnologia, uma nova visão sobre a importância e o valor dos dados. É fundamental que essa consciência seja difundida em todos os níveis da administração empresarial, pois esse não é um assunto somente da área de TI.

(*) – É Diretor Administrativo Financeiro da Solo Network (www.solonetwork.com.br/home).