Adriana Vasconcellos Soares (*)
É um fato que, por conta da pandemia, ocorreu um avanço tecnológico em vários setores.
No varejo digital, por exemplo, teve um avanço de 10 anos em dois e o setor da saúde não ficou atrás. Novas tecnologias surgiram e algumas que já existiam foram ampliadas.
Exemplos disso são a teleconsulta; os dispositivos médicos com recursos de programação agendada, o que permite ao médico programar etapas da terapia em uma única visita ao consultório; os testes rápidos para detecção de antígenos; o ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea) ou equipamentos que “respiram pelo paciente”; e o rápido desenvolvimento de novas vacinas.
Com a chegada do 5G, existe a previsão de termos conexões e velocidade de Internet mais rápidas. Isso, juntamente com o uso das tecnologias de games, tornará possível o uso do metaverso na realização de cirurgias (estão em fase teste a simulação de cirurgias em bonecos), reabilitação, fisioterapia, precisão e segurança durante os procedimentos, menos complicações durante e no pós-operatórios e tratamentos mais personalizados e assertivos.
O metaverso é o nome dado ao ambiente virtual imersivo, coletivo e hiper-realista em que as pessoas convivem usando avatares/personagens customizados em 3D. Em outras palavras, é a vivência em um espaço virtual, mas com influências da vida real nesse universo.
Atualmente, grandes marcas e seus departamentos de comunicação já utilizam o metaverso para se posicionarem e buscam parcerias para realizarem eventos, promover experiências e desenvolver produtos, a fim de se posicionarem no metaverso, mostrando de forma interativa que esse espaço virtual está muito próximo do mundo real.
Por exemplo, já é possível dizer que haverá uma interação entre médicos e seus pacientes/clientes por meio de avatares no metaverso, realização de cirurgias (como disse acima, já estão em fase teste a simulação de cirurgias em bonecos, logo será em pessoas). Outra tendência do metaverso diz respeito aos influenciadores digitais, que vão se relacionar por meio de seus avatares, se utilizando da inteligência artificial para dar dicas de produtos e serviços que serão contratados no mundo real.
Em alguns casos, será difícil saber se o avatar é uma pessoa no mundo real ou se é a inteligência artificial interagindo e ditando as tendências futuras. Apesar de termos uma ideia de como serão essas interações no futuro, não sabermos como será realmente na prática a conexão do mundo físico com o virtual (figital). O que sabemos é que a junção desses dois mundos já existe e está sendo explorado pelas grandes organizações. Organizações que não perderão tempo para criar meios de seus avatares anunciarem e monetizarem no metaverso.
Trata-se de um terreno fértil para construir relacionamentos em todas as esferas e trará inúmeros desafios para as relações de comunicação, produções de conteúdos e engajamento de pessoas. Será um ambiente excelente para a construção e posicionamento de marcas, bem como, um ambiente que poderá destruir um branding já consolidado. Tudo vai depender do comportamento e posicionamento adotado pela marca ou profissional em questão.
Portanto, o que já não era simples, vai aumentar significativamente em complexidade com a chegada do metaverso. Essa nova comunicação empresarial precisa ter em mente que será necessário englobar assessoria de imprensa, marketing, planejamento, implementação e condução das ações de comunicação, além de todo e qualquer relacionamento com o público externo, a fim de todos estarem em sintonia.
Por isso, uma agência de comunicação/assessoria de imprensa qualificada e atenta a todas essas mudanças será essencial para uma comunicação assertiva, a manutenção da reputação e a conquista de novos públicos.
(*) – Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes e Pós em Comunicação Organizacional e RP pela Faculdade Cásper Líbero, é sócia da Six Bureau de Comunicação.