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Investimentos em segurança precisam considerar o futuro

em Artigos
segunda-feira, 22 de junho de 2020

Alessandra Faria (*)

Para a maioria dos países onde foi implementada alguma estratégia de mitigação de contágio, um dos setores considerados essenciais foi o de segurança – incluindo o Brasil.

A demanda por tecnologias para controle de acesso, sistemas de som inteligentes, câmeras de segurança e analíticos de vídeo certamente mudou, e algumas soluções já existentes ganharam protagonismo.
Quando analisamos os investimentos sendo feitos hoje em segurança física, é possível classificá-los em duas grandes categorias: aqueles que serão úteis por um período limitado, e aqueles que poderão responder aos problemas de hoje com foco nos desafios do futuro.

Essa adaptação às novas demandas está mobilizando todo o mercado de tecnologia, mas é fundamental combinar agilidade com visão de longo prazo. A principal preocupação, naturalmente, está sendo com a segurança das pessoas, tanto dos funcionários quanto dos clientes, em observância às normas sanitárias e à perspectiva de comportamento da população quando da retomada econômica.

Mas esses investimentos se provarão mais ou menos eficientes dependendo de sua utilidade nos próximos anos. Nesse sentido, estamos vendo um aumento no interesse por diversas soluções:

• Tecnologias que permitem estimar, em tempo real, a taxa de ocupação de um espaço, como lojas ou agências bancárias, para cumprir com diretrizes estabelecidas tanto pelo setor público quanto, em alguns casos, pelas próprias empresas, no sentido de limitar a circulação e reduzir riscos.

• Analíticos de vídeo capazes de identificar aglomerações e emitir alertas para que as pessoas se afastem, tanto em ambientes internos quanto externos.

• Câmeras de segurança integradas a softwares que conseguem detectar se a pessoa está usando máscara, o que é útil nos locais em que esse item é obrigatório.

• A já conhecia tecnologia de reconhecimento facial agora precisa ser efetiva também com pessoas que estejam cobrindo parte do rosto.

• Os dispositivos de controle de acesso sem contato, como os que funcionam por leitura de código QR, estão também ganhando espaço.

• A capacidade de supervisionar um ambiente à distância, sem necessariamente ter uma pessoa no local, é outra tecnologia em ascensão, como no caso de hospitais que precisam monitorar pacientes remotamente.

Nada disso seria concebível num mundo 100% analógico. Em 1996, a Axis criou a primeira câmera IP do mundo, e desde então o mercado de videomonitoramento tem avançado rumo à integração com outros sistemas e ao conceito de Internet das Coisas.

Nesse mundo digital, a grande preocupação do mercado é, compreensivelmente, com segurança cibernética. Afinal, não queremos que a solução de um problema hoje seja a dor de cabeça amanhã.

(*) – É diretora da Axis Communications.