332 views 2 mins

De que forma as big techs impactaram os serviços prestados por instituições financeiras?

em Artigos
quarta-feira, 09 de agosto de 2023

Rubens Moura (*)

As startups de finanças (fintechs) entraram no mercado com o objetivo de atrair um público de novos investidores e esperava por opções de investimento além da poupança. Elas conseguiram absorver grande parte dos clientes que não estavam no sistema digital e que, agora, devido à concorrência maior, tem mais opções para investir ou reservar dinheiro.

O Nubank foi o que entrou no mercado de forma mais agressiva na captação de pessoas, porque buscava por clientes iniciantes no mercado financeiro. De forma simples, objetiva e com recursos tecnológicos, a empresa conquistou uma parcela de jovens e da população em geral, que não tinha contato com o mercado financeiro.

Um dos passos para alcançar o público de interesse é escutar e oferecer o produto que possa atender às necessidades do cliente, o que gera uma grande competição. A variedade de opções de investimentos aumentou a demanda por serviços personalizados, sendo as plataformas digitais um grande portfólio para apresentar os tipos de investimentos como a renda fixa ou variável.

De modo geral, o letramento financeiro da população brasileira é muito primário. Há uma parcela interessada em sair da caderneta de poupança para investir e conhecer melhor o mercado financeiro antes de escolher a forma de aplicação. É o entendimento das formas de investimento e as relações entre risco e retorno, e a escolha de um produto adequado com o perfil de cada investidor em relação à sua exposição ao risco.

Ter o contato com esse mundo financeiro mais rentável, para quem tem projetos, aos interessados em aumentar renda, ou até mesmo se tornar um empreendedor são as portas de entrada que estimulam novos investidores. Por outro lado, cresce a concorrência. No caminho, é importante garantir o acesso de grande parte da população a esses serviços. Os bancos digitais iniciaram essa jornada, o que levou os bancos físicos para novos caminhos fora das agências.

(*) É professor de ciências econômicas da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio