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CBDC Drex e stablecoins: O futuro da economia digital no Brasil

em Artigos
quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Claudio Just (*)

A economia digital no Brasil está prestes a passar por uma transformação significativa com o lançamento do CBDC Drex, anunciado pelo Banco Central para este ano. O Drex (Digital Real Eletrônico Conexão), uma moeda digital baseada em blockchain, representa a convergência entre a economia digital e o sistema monetário do país, prometendo revolucionar os pagamentos instantâneos e a tokenização.

O Drex não apenas representa uma evolução tecnológica, mas também oferece ao governo um controle mais preciso sobre a oferta monetária. Isso permite a implementação de políticas econômicas ágeis e eficazes, ajustando a oferta de moeda, conforme necessário.

A coexistência planejada entre o Drex e outras formas de ativos digitais, como as stablecoins, é vista como uma oportunidade de flexibilidade no mercado financeiro. Essa dualidade é um impulso à inclusão financeira, proporcionando acesso a serviços bancários para desbancarizados no Brasil.

O BRZ, stablecoin do real, se difere do Drex não apenas em tecnologia, mas também na eficiência e velocidade de transações internacionais. A tecnologia blockchain proporciona maior velocidade e transparência, tornando as transações internacionais rápidas e acessíveis.

A união do Drex e do BRZ promete estimular a economia digital brasileira em várias frentes:

  • Inovação financeira – a convergência entre Drex e stablecoins cria um ambiente propício para a inovação, incentivando o desenvolvimento de soluções financeiras avançadas;
  • Inclusão financeira: a coexistência diversificada das moedas digitais promove a inclusão financeira, proporcionando acessibilidade a serviços financeiros para os desbancarizados.;
  • Eficiência nas transações – a presença dessas moedas digitais promete transações mais rápidas, seguras e transparentes, fortalecendo o ambiente de negócios;
  • Comércio internacional – a interação entre Drex e stablecoins facilita transações comerciais com custos reduzidos e rapidez, fortalecendo as relações comerciais do Brasil, globalmente;
  • Crescimento sustentado – a digitalização financeira impulsionada por essas inovações pode contribuir para um crescimento econômico mais estável e duradouro.

A conexão entre o Drex e o BRZ, aliada à sua utilização em um sistema de colateralização de ativos, demonstra a convergência entre essas inovações financeiras. Este é mais um passo em direção ao crescimento e prosperidade da economia brasileira.

(*) – É COO e co-fundador da Transfero (https://www.transfeero.com).