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A falência do Estado brasileiro

em Artigos
quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Giuseppe Vecci (*)

O que está acontecendo com a Administração Pública hoje no Brasil? Será que atualmente ela cumpre sua finalidade de propiciar melhoria de vida aos brasileiros?

A resposta comporta realidades diversas e visões ideológicas distintas, mas uma coisa é certa, a gestão pública brasileira se mostra cada vez mais incapaz de disponibilizar bens e serviços a sociedade e atender anseios e necessidades da população. A administração pública não gera recursos, utiliza-se da arrecadação de impostos de todas as pessoas para realizar suas políticas.

Os recursos arrecadados da sociedade pelo Estado brasileiro em nível federal, estadual e municipal por meio de uma carga tributária altíssima (37% do PIB) são consumidos em sua maioria para custear a própria máquina pública, (despesas correntes) restando muito pouco para retornar à população em termos de investimento em saúde, educação, segurança e infraestrutura.

O Orçamento Geral da União (OGU) para 2016 foi encaminhado ao Congresso com déficit, mostrando a péssima situação financeira e o caos das finanças públicas. O governo se mostra inerte diante de um Estado quebrado, inchado e ineficaz. Em vez de reduzir drasticamente seus gastos, diante do fardo da falência das contas, o governo transfere para a sociedade o ônus da crise financeira, elevando suas receitas por meio de aumento e de criação de novos impostos.

O atual governo do PT, com sua política econômica desastrosa e sua gestão altamente inábil, comete uma trapalhada atrás da outra, demonstrando a incapacidade da União de apresentar uma agenda propositiva que sinalize uma reversão deste momento de crise.

Seria salutar para o Brasil um governo de coalizão que tivesse credibilidade e autoridade para reestruturar a máquina pública brasileira, com um profundo corte de gastos em todas as esferas e poderes da administração pública, eliminando ou reduzindo privilégios, vendendo ativos, reduzindo impostos e tendo a coragem de retomar as reformas estruturais de impacto positivo para o nosso desenvolvimento.

Reestruturação, cortes e reformas são difíceis e trazem desgastes com setores e segmentos afetados, mas é preciso que exista um Estado determinado, voltado para o interesse da maioria da população, que seja fomentador do desenvolvimento do país, e que possa servir a nossa população, ao invés de servir-se desta, como ocorre atualmente.

É preciso resgatar a esperança do povo brasileiro na gestão pública e nos governos.

(*) – É deputado federal pelo PSDB-GO.