O ministro da secretaria de Governo, Carlos Marun, disse na sexta-feira (29), em Brasília, que não abrirá mão de pedir apoio à reforma da Previdência para todos os agentes públicos.
Marun voltou a negar que tenha condicionado a liberação de financiamentos em bancos públicos para os governadores ao comprometimento deles na busca de votos para aprovar a reforma da Previdência.
“A verdade é que não está sendo condicionado, mas também é verdade que não vamos abrir mão de pleitear o apoio dos agentes públicos e, especialmente, daqueles que estão sendo beneficiados por ações do governo”, disse, ao participar de cerimônia de assinatura da liberação de R$ 951,26 milhões em empréstimos da Caixa a campanhias estaduais de saneamento.
Marun disse que não segue a cartilha do politicamente correto. “Nessa cartilha, não cabe muitas vezes a verdade, a necessidade de se falar em gratidão, mas cabe a hipocrisia e mentira”, disse. Ele comparou a nazistas quem estaria propagando “mentiras” sobre sua fala relacionada ao apoio à reforma da Previdência. “É como o nazismo em que uma mentira que se repete à exaustão e se transforma em verdade”, disse Marun.
Para o ministro foram propagadas duas mentiras. Uma delas seria a negação de que a Caixa tem como razão de existência a sua missão de “conduzir e executar políticas públicas”. “É mentira que a Caixa não existe para isso”, disse, ao lado do presidente da instituição financeira, Gilberto Occhi. “Outra mentira é que estaria condicionando apoio a reforma da Previdência a qualquer ação governamental”, destacou. O ministro desafiou a encontrar em sua fala qualquer chantagem. “Não vão achar”, disse, durante a assinatura dos contratos (ABr).