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Banco Central estima que crédito deve voltar a crescer em 2018

em Manchete
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
Reprodução/ Internet

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A volta do crescimento nominal mostra que a situação do crédito deve melhorar.

Depois de dois anos seguidos em queda, o crédito deve voltar a crescer em 2018, de acordo com estimativas do Banco Central (BC). A expectativa é que o crédito ofertado pelos bancos deve apresentar retração de 1%, neste ano, e crescimento de 3%, em 2018. Nos 11 meses deste ano, o crédito caiu 1,4%, ficando em R$ 3,063 trilhões. A recuperação deve ser puxada pelo crédito livre para as famílias. Em 2018, o crédito total para as famílias deve crescer 7%, quanto para as empresas, a expectativa é de retração 2%.
No caso do crédito livre, a previsão é de crescimento de 4%, com expansão de 7% para as famílias e 1% para as pessoas jurídicas (empresas). O crédito direcionado deve apresentar expansão de 1%, com crescimento de 7% para as pessoas físicas (famílias) e retração de 6% para as empresas. Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o saldo do crédito direcionado está sendo impactado pelas menores concessões de empréstimos do BNDES às empresas. “No caso do crédito direcionado para pessoas jurídicas, não temos ainda indicações de recuperação nesse mercado”, destacou.
Rocha disse que “há evidências de que uma parte da redução do crédito para as empresas se deve à substituição do financiamento do sistema financeiro pelo mercado de capitais”. No Relatório de Inflação, o BC apontou que houve recuo de 4,7% das concessões nos 10 primeiros meses, relativamente a igual período de 2016, enquanto as captações das empresas no mercado de capitais apresentou crescimento de 1,8%. Destacou ainda que as taxas do rotativo continuam em queda, desde a implementação da medida.
Apesar de voltar a crescer, a expansão do crédito deve ficar abaixo da inflação em 2018. “Se observar o mercado de crédito como um todo, o crescimento de 3% é abaixo do IPCA. Mas se olhar a composição, os setores que saem a frente vão ter crescimento real, como é o caso das pessoas físicas”, argumentou. Para Rocha, a “volta do crescimento nominal depois de uma redução dos saldos mostra que a situação do crédito deve melhorar”. “O pior momento já passou. Vai crescer gradualmente”, disse (ABr).