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EUA dizem que não permitirão avanço da Venezuela para ditadura

em Manchete
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
Andrew Gombert/EPA/Ag.Lusa

Andrew Gombert/EPA/Ag.Lusa

Embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley.

A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, afirmou na sexta-feira (25) que seu país não permitirá o avanço da Venezuela para uma “ditadura” e não descartou novas sanções financeiras e diplomáticas contra o governo de Nicolás Maduro. “Não vamos tolerar a ditadura que Maduro está tentando criar. E não vamos respeitar sua farsa de Assembleia Constituinte”, disse Nikki aos jornalistas, pouco depois de Washington anunciar as novas sanções contra a Venezuela.
“Neste momento nos pareceu, já que não estamos vendo nenhum progresso para ajudar o povo da Venezuela e vemos mais da tomada de poder que Maduro está tentando, que as sanções eram uma opção para mandar uma mensagem”, disse, ao declarar que para os EUA não restou “outra opção” a não ser usar as sanções para tentar chamar a atenção das autoridades venezuelanas, após meses advertindo sobre a situação no país.
Os Estados Unidos convocaram em maio passado uma primeira reunião sobre a crise venezuelana no Conselho de Segurança da ONU, mas vários membros rejeitaram manter o assunto de forma permanente na agenda, ao considerar que essa não era uma ameaça para a paz e a segurança internacional. Nikki conversou com jornalistas poucos minutos antes do início de uma reunião na sede das Nações Unidas entre o secretário geral da organização, António Guterres, e o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza.
Ao saber das sanções anunciadas pelos EUA, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza afirmou que as mesmas foram a “pior agressão” à Venezuela “nos últimos 200 anos”. “Talvez os Estados Unidos estejam tentando promover uma crise humanitária no nosso país. O que querem? Matar os venezuelanos de fome?”, questionou ele em entrevista coletiva. O chanceler venezuelano declarou que a ONU não pode se manter “de braços cruzados” diante das ações americanas e ressaltou que seu governo defenderá os seus cidadãos do país “por todos os meios” (Agência EFE).