Papa Francisco critica sistemas desiguais de aposentadoriasO papa Francisco fez um discurso ontem (28) em que criticou os sistemas de aposentadoria que privilegiam determinados grupos enquanto milhares de idosos precisam trabalhar por anos para ter o direito ao benefício Durante sua fala no XVIII Congresso Nacional da Confederação Italiana dos Sindicatos de Trabalhadores (Cisl, na sigla em italiano), o Pontífice citou as “aposentadorias de ouro”, que foram reveladas pela imprensa italiana recentemente, e que falam sobre os direitos “vitalícios” a determinados grupos de parlamentares. “As ‘aposentadorias de ouro’ são uma ofensa ao trabalho e não menos graves do que as aposentadorias muito pobres porque fazem com que as desigualdades do tempo de trabalho tornem-se perenes”, disse aos delegados da entidade. Segundo Jorge Mario Bergoglio, é “urgente criar um novo pacto social para o trabalho, que reduza as horas da jornada de quem está no fim da temporada trabalhista para criar trabalho para os jovens que tem o direito-dever de trabalhar”. O líder católico afirmou que é “uma sociedade tola e míope aquela que obriga os idosos a trabalhar por muito tempo e obriga uma geração inteira de jovens a não trabalhar quando deveriam fazer isso por eles e por todos”. Em um crítica aos sindicatos, o Papa mostrou a dualidade de quem está na organização. “O capitalismo de nossos tempos não compreende o valor dos sindicatos porque esqueceu a natureza social da economia, das empresas, da vida, das ligações e dos pactos. Mas, talvez, a nossa sociedade não compreende os sindicatos porque não os veem lutar onde ainda ‘não há direitos’: nas periferias existenciais”, disse Francisco. Sobre o tema, ele ainda acrescentou que “nas sociedades capitalistas, os sindicatos tendem a perder sua natureza profética e tornarem-se muitos similares às instituições e aos poderes que deveriam criticar”. “Os sindicatos, com o passar dos tempos, acabaram tornando-se muito parecidos com a política, ou melhor, com os partidos políticos, à sua linguagem e ao seu estilo. E se faltar a sua verdadeira dimensão, ele perde força e eficácia”, acrescentou (ANSA). |
Ministério busca acordo com indústria para reduzir açúcar em alimentosO ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que o governo pretende assinar um acordo com a indústria para reduzir a quantidade de açúcar em alimentos processados, como ocorreu com o sódio. Desde 2011, a indústria retirou mais de 17,2 mil toneladas de sal dos alimentos, segundo balanço divulgado em junho. “Este semestre ainda assinaremos o acordo de redução de açúcar, e a educação será feita a partir da portaria interministerial Saúde na escola e isso vai nos permitir melhorar o controle da obesidade através do ensino de melhores hábitos de consumo e também da conscientização para o exercício físico”, disse Barros em um painel sobre consumo de açúcar durante o Ethanol Summit 2017, em São Paulo. Segundo Barros, o ministério também trabalha para melhorar a rotulagem dos alimentos industrializados em relação às quantidades de açúcar e sal dos produtos. “Melhorar a rotulagem, com dosador de sal e açúcar, pois é preciso que as pessoas entendam com clareza o quanto adicionam [sal e açúcar] na comida.” Outra ação da pasta, em parceira com a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia), será a proibição do refil de refrigerante em lanchonetes de fast food. O nutrólogo e cardiologista do Instituto Dante Pazzaneze, Daniel Magnoni, também defendeu a educação para a mudança de hábitos alimentares. “A educação nutricional de crianças e as mudanças dos rótulos dos produtos alimentares podem impactar a longo prazo na alimentação.” Segundo o médico, a classificação dos alimentos em bons e maus não é a mais adequada. “Acredito que nada deva ser proibido, o alimento do mal é aquele consumido em excesso”, ressaltou (ABr). CNJ autoriza uso do WhatsApp para intimações judiciaisO Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou a utilização do aplicativo para intimações judiciais. A decisão foi tomada por unanimidade durante o julgamento que contestava a decisão da corregedoria do TJ-GO), que proibiu a utilização do aplicativo no juizado Civil e Criminal da Comarca de Piracanjuba. Segundo o CNJ, a comunicação de atos processuais pelo WhatsApp começou em 2015 e rendeu ao juiz da comarca de Piracanjuba, Gabriel Consigliero Lessa, destaque no Prêmio Innovare daquele ano. O uso do aplicativo de mensagens como forma de agilizar e desburocratizar procedimentos judiciais foi regulamentado na comarca em conjunto com a OAB do município. O uso do aplicativo é facultativo às partes que voluntariamente aderirem aos termos de uso. Segundo o CNJ, a norma também prevê a utilização da ferramenta apenas para a realização de intimações e exige a confirmação do recebimento da mensagem no mesmo dia do envio; caso contrário, a intimação da parte deve ocorrer pela via convencional. Ao CNJ, o magistrado da comarca de Piracanjuba justifica que o recurso tecnológico se caracterizou como um aliado do Poder Judiciário, reduzindo custos e evitando a morosidade no processo judicial. Em seu relatório, a conselheira Daldice Santana, relatora do processo, apontou que a prática reforça a atuação dos Juizados Especiais, orientados pelos critérios da oralidade, simplicidade e informalidade (ABr). | ‘Ética seletiva’ do Partido dos TrabalhadoresO senador José Medeiros (PSD-MT) criticou a ética seletiva do PT, que questiona as palestras do procurador da República, Deltan Dallagnol, mas que nada fala sobre a propina recebida pelo ex-presidente Lula por intermédio de palestras fictícias. No caso das críticas a Michel Temer feitas pela oposição, José Medeiros lembrou que foi o PT quem o escolheu para compor, na condição de vice-presidente, a chapa encabeçada por Dilma Rousseff à presidência da República. “A saúde em todo o Brasil está arrebentada, os municípios estão quebrados, os governadores estão quebrados. Quebraram o país. E agora eu ouço um filósofo vir aqui e dizer: ‘Só tem um jeito de salvar o Brasil: é a população ir para as ruas e pedir a volta do presidente Lula. Só o presidente Lula tem capacidade’. Meu Deus do céu, é cada uma que a gente tem que ouvir aqui”, disse o seandor. José Medeiros afirmou que falta ao PT a autocrítica necessária para reconhecer os erros cometidos durante os 13 anos de gestão do partido. Ele disse esperar que Lula participe das próximas eleições para que o projeto de poder do PT seja derrotado nas urnas (Ag.Senado). Negados pedidos de suspeição contra MoroO Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou três pedidos de suspeição contra o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Elas foram movidas pelas defesas do ex-ministro Antonio Palocci, do assistente dele Branislav Kontic, e do ex-deputado federal Eduardo Cunha. Os advogados dos réus haviam pedido o impedimento de Moro sob a argumentação de que o juiz agia com parcialidade. Nos três casos, a 8ª Turma do TRF4 seguiu o voto do desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no tribunal, e decidiu por unanimidade negar provimento aos pedidos. Os desembargadores também julgaram uma ação da defesa de Kontic, que havia pedido um habeas corpus requerendo o trancamento do processo a que ele responde. O mérito deste pedido também foi negado pela 8ª Turma por unanimidade (ABr). STF nega mais um pedido de liberdade a LouresO ministro Ricardo Lewandowski, do STF, rejeitou ontem (28) mais um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, preso desde o dia 3 de junho e denunciado nesta semana pelo crime de corrupção passiva junto com o presidente Michel Temer, de quem foi assessor especial. Esta é a segunda vez que Lewandowski nega liberdade ao ex-deputado. Ontem (28), o ministro negou seguimento a um habeas corpus impetrado na semana passada pela defesa de Loures, que tenta reverter a decisão do ministro do STF Edson Fachin, responsável por determinar a prisão do ex-deputado. Segundo Lewandowski, não cabe habeas corpus ante decisões de ministros da Corte. Rocha Loures foi flagrado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil na Operação Patmos, investigação baseada na delação premiada de executivos da empresa JBS. Ele foi preso a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para quem a prisão do ex-deputado é “imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal” (ABr). |