O presidente do Senado, Eunício Olveira, afirmou ontem (30), que, se houver um requerimento de urgência para votar a reforma trabalhista no plenário do Senado após a aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos, vai colocar o pedido para ser votado pelos senadores.
A medida colocaria o texto no plenário antes de passar pelas outras duas comissões a que está destinado: Constituição, Justiça e Cidadania e Assuntos Sociais.
“Meu compromisso é que, após a aprovação em pelo menos uma comissão, aí sim eu tenho condições de aceitar um requerimento de urgência, colocar em votação e o plenário será soberano para decidir se essa matéria vem em regime de urgência direto para o plenário ou se continuará o debate e a aprovação em mais duas outras comissões”, disse, após participar da abertura do Fórum de Investimentos Brasil 2017 ao lado do presidente Michel Temer, em São Paulo.
Depois da confusão na CAE na semana passada, o presidente da Casa afirmou que a leitura do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-es) cumpriu rigorosamente o regimento e que considerou o texto formalmente lido. Ele disse que não poderia precisar uma data para votação da reforma trabalhista no plenário porque isso depende do processo legislativo. Eunício reiterou apoio ao presidente Temer e afirmou que o mandato “efetivo” dele termina em 31 de dezembro de 2018. Classificou como normal haver divergências internas no partido, ao citar a oposição de Renan às reformas. “Por que o PMDB não aceitaria divergências internas?”, questionou (AE).