Presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn. |
Brasília – O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, deu uma rápida entrevista à emissora de TV norte-americana CNN durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, e concordou com o apresentador Richard Quest sobre a percepção de que o pior da crise para o Brasil parece ter ficado para trás. Segundo Ilan, o País passou por processo de estabilização nos últimos meses e, agora, caminha rumo à recuperação com a retomada da atividade.
Ilan comentou que a inflação tem caído no Brasil porque há demanda retraída e também porque o BC tem agido para colocar a inflação de volta à meta nos próximos anos. Sobre a economia global, o presidente do BC brasileiro foi questionado sobre as preocupações com a chegada do governo Donald Trump, nos Estados Unidos. Ilan disse que há preocupação com os efeitos indiretos de eventuais mudanças.
“O Brasil é uma economia relativamente fechada. Então, olhamos mais para consequências globais do que para as implicações diretas”, disse o presidente do Banco Central. “Para nós, a globalização gera benefícios. Nós, de verdade, acreditamos que deveríamos fazer mais (pela globalização)”.
Antes de encerrar a entrevista, Richard Quest entregou uma caneta a Ilan Goldfajn e pediu que marcasse um ponto em um quadro com uma escala de incertezas que vai de zero a 10. Ilan marcou um ponto perto do fim da linha. “É mais perto de 10 do que de zero”, disse (AE).