Obesidade atinge 46% das crianças paulistas, mostra pesquisaCerca de 46% das crianças paulistas com até 12 anos está acima do peso Dessas, 13% apresentam caso grave de sobrepeso e 33% podem ser consideradas obesas. O percentual daquelas com peso considerado normal chega a 45% e 9% mostraram-se abaixo do peso. A pesquisa do Ibope avaliou aspectos da saúde de mil crianças de todas as classes sociais, que moram na região metropolitana de São Paulo, e foi apresentada ontem (6) no Fórum Diálogos de Valor. O estudo revelou ainda que 52% das crianças é sedentária, sendo que o índice é ainda maior entre as meninas – 56% delas são sedentárias. De acordo com o estudo, 75% das crianças de 7 a 12 anos passam mais de 4 horas por dia em frente à televisão, ao computador ou videogame. Na faixa etária até 12 anos, 35% das crianças ficam até 2 horas em frente a equipamentos eletrônicos. O recomendado por especialistas é até 2 horas por dia. O pediatra e endocrinologista Raphael Liberatore disse que a criança imita os pais. “Não adianta o pai passar o dia inteiro vendo futebol na televisão, comendo porcarias e pedir para o filho dar uma volta no quarteirão”, disse o médico. “A criança precisa crescer num ambiente em que ela veja o pai e a mãe fazendo atividade física”, completou. Segundo o médico, a obesidade é muito mais fácil e barata de ser prevenida do que tratada. “Tratar a obesidade é muito difícil”, disse. Na avaliação dele, os pais precisam se conscientizar e evitar hábitos ruins como colocar refrigerante na mamadeira das crianças pequenas. “Basta um passeio pelo shopping para ver isso”, disse. A psicóloga Elizabeth Monteiro defende que o ato de brincar seja sempre valorizado. “Crianças quietas, que não brincam, são preocupantes. Os pais geralmente reclamam das crianças agitadas, mas o que preocupa é a criança quieta”, disse. De acordo com a pesquisa, 33,4% das crianças pesquisadas, com idade entre 4 e 12 anos, consomem mais gordura que a recomendação diária. A ingestão de cálcio está abaixo do recomendado em 62% dos casos. O percentual sobe para 84% na faixa etária entre 9 e 12 anos. Para Liberatore, os dados do estudo apenas comprovaram o que outras pesquisas já mostravam: baixa ingestão de ferro, vitaminas A, C, E e D e alta ingestão de gordura e sal. “Você imaginar uma criança comendo duas a três vezes a quantidade de sal que precisaria o dia inteiro é assustador”, disse. Segundo a pesquisa, 70% das crianças consomem sal em quantidade excessiva. O consumo de cálcio, em especial, tem que ser priorizado, segundo o médico. “É nessa fase da vida que a gente faz massa óssea. Se na fase de construir osso você não ingere cálcio, o futuro, principalmente para meninas, vai ser uma tragédia. Na época da menopausa, com certeza isso vai trazer complicações”, disse Raphael. O cálcio está presente em produtos lácteos (ABr). |
Matrículas no ensino superior passam de 8 milhões; ritmo de crescimento caiEm 2015, o número de estudantes matriculados na educação superior no Brasil chegou a 8.033.574. O total representa um crescimento de 2,5% em relação a 2014. Os dados são do Censo da Educação Superior 2015, divulgados ontem (6) pelo Inep). Dessas matrículas, 8.027.297 estão na graduação e 6.277 em curso sequencial de formação específica. Apesar do aumento de 2,5% entre 2014 e 2015, houve desaceleração na tendência de crescimento do número de matrículas. De 2013 para 2014, o crescimento foi de 6,8%. Nos censos anteriores a 2014, os dados também haviam mostrado trajetória de desaceleração. Os estudantes do ensino superior estão principalmente nas instituições privadas. Elas concentram 6.075.152 matrículas na graduação e 5.837 em cursos sequenciais e são maioria no país (87,5%). As instituições públicas são 12,5% e têm 1.952.145 estudantes matriculados em graduações e 440 em cursos sequenciais. A maioria dos estudantes está matriculada em cursos de bacharelado (68,7%), seguidos pela licenciatura (18,3%) e os cursos tecnológicos (12,6%). Os cursos de graduação com maior número de estudantes matriculados em 2015 são direito, administração e pedagogia. Em 2015, mais de 2,9 milhões de alunos ingressaram em cursos de educação superior de graduação. Entre 2014 e 2015, houve queda no número de estudantes que ingressaram tanto na rede pública (-2,6%), quanto na privada (-6,9%). No mesmo período, o número de concluintes na rede pública diminuiu 0,8% e na rede privada houve aumento de 15,9%. Em 2015, mais de 1,1 milhão de estudantes concluíram a educação superior. As matrículas na graduação da educação presencial (6.633.545) superam muito as da educação a distância (1.393.752). O número de alunos na modalidade a distância, no entanto, vem crescendo e representa participação de 17,4% no total de matrículas da educação superior. Entre 2014 e 2015, as matrículas nessa modalidade cresceram 3,9% (ABr). Acordo de Paris sobre clima entrará em vigor em novembroO Acordo de Paris, assinado no fim do ano passado e ratificado pelos maiores países do mundo, entrará em vigor a partir do dia 4 de novembro, informou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. A data foi marcada após a concordância da União Europeia de ratificar o documento, considerado um grande avanço na contenção dos efeitos das mudanças climáticas no mundo. Além do Parlamento Europeu, 10 países também aprovaram o documento sobre o clima e seguiram o posicionamento dos maiores poluidores do mundo, Estados Unidos e China. “Eu estou muito feliz em anunciar que o Acordo de Paris atravessou as etapas necessárias para entrar em vigor a partir do dia 4 de novembro. O momento global pelo Acordo de Paris, para que ele entre em vigor em 2016 é histórico. O que antes parecia impensável é agora imparável”, disse Ban Ki-moon em nota. Segundo a ONU, o pacto iria entrar em vigor 30 dias após atingir a cota de adesão de 55 países que representassem 55% das emissões de gases estufa. Até esta quarta, 62 nações já ratificaram o documento. Quem também comentou a efetivação do acordo foi o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que afirmou que este será um “ponto de virada” para a “história do planeta”. O Acordo de Paris impõe metas de emissão de poluentes tanto para países considerados ricos como pobres e estipula que os governos contenham suas emissões a fim de evitar o aumento de 2ºC na temperatura no planeta. Além disso, os governos se comprometeram em divulgar relatórios transparentes sobre os dados de clima de seus países (ANSA). | Avós da Praça de Maio encontram neto nº 121Uma das líderes do grupo das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, anunciou ontem (6) que o neto 121 foi encontrado. A notícia já havia sido veiculada pela imprensa argentina, mas a confirmação ocorreu apenas ontem durante coletiva de imprensa. Segundo De Carlotto, o homem de 40 anos é filho de Ana María Lanzillotto e de Domingo “El Gringo” Menna, ambos membros do Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT) e do Exército Revolucionário do Povo (ERP), e que foram sequestrados pelos membros da ditadura em julho de 1976. A denúncia sobre o sequestro de Lanzillotto foi feita por uma irmã dela, Irma Ferrara de Menna, que foi para o exílio no México em 1982. Na época, ela afirmou que sua irmã estava “grávida de oito meses e em perfeito estado de saúde”. O homem ainda é sobrinho de Alba Lanzilotto, a única integrante da comissão diretora das “Avós” que tinha apenas o sobrinho – e não um neto – desaparecido. Segundo cálculos do grupo, há cerca de 150 argentinos que foram retirados de suas famílias – que lutavam contra a ditadura – ainda bebês e que cresceram sob identidades diferentes (ANSA). Mais de 100 mil cidadãos deixaram a Itália em 2015Mais de 107 mil pessoas deixaram a Itália para morar no exterior no último ano, revelou o estudo “Italianos no Mundo 2016”, realizado pela Fundação Migrantes. O número mostrou que 39.410 italianos que saíram do país são jovens entre 18 e 34 anos. “Os jovens têm uma mobilidade itinerante, que pode mudar continuamente porque não se baseia em um projeto migratório já determinado, mas é contínuo e baseado sempre em novas oportunidades encontradas”, informa o documento. Ao todo, até o dia 31 de dezembro de 2015, pouco mais de 4,8 ilhões de italianos estavam registrados em outros países, com um crescimento de 3,7% em relação ao ano anterior. Outro dado interessante é que, entre 2006 e 2016, a mobilidade entre os italianos aumentou 54,9%. O relatório aponta que o incremento em valores absolutos atingiu todos os continentes e todos os países, sobretudo aqueles que acolhem as mais numerosas comunidades de italianos, como Argentina, Alemanha e Suíça. Todavia, as variações mais significativas dos últimos 11 anos atingiram a Espanha, que registrou um aumento de 155,2%, e o Brasil, com alta de 151,2% no número de italianos residentes. O levantamento mostrou ainda que mais da metade dos cidadãos que moram no exterior estão em outros países da Europa (53,8%), enquanto 40,6% buscam as Américas. Já 50,8% dos italianos que deixam a Itália vem de cidades do sul do país e 48,1% são mulheres (ANSA). Sem contratação neste fim de anoO último trimestre do ano traz sempre grandes expectativas para o comércio e o setor de serviços, que costumam ampliar estoques e fazer investimentos para atender a demanda aquecida do Natal. Neste ano, porém, a crise econômica deverá novamente inibir o volume das tradicionais contratações de mão de obra temporária e também de trabalhadores efetivos. De acordo com um levantamento feito nas 27 capitais e no interior do país pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), oito em cada dez (84,6%) empresários não contrataram e nem pretendem contratar trabalhadores para este fim de ano, incluindo os temporários. Apenas 15,4% dos empresários consultados manifestaram a intenção de reforçar o quadro de funcionários. Levando em consideração o setor do varejo e serviços, somente 27,2 mil vagas extras deverão ser criadas, o que demonstra um cenário de estabilidade frente às 24,4 mil observadas no ano passado, período em que o país já atravessa as dificuldades da crise (SPC/CNDL). |