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Geral 02 a 04/07/2016

em Geral
sexta-feira, 01 de julho de 2016

Brasileiro deve mudar para reduzir desperdício de alimentos

O consumidor só leva para casa aquilo que é bonito, que está muito fresco.

O hábito do brasileiro de ter fartura na mesa ou até de “colocar mais água no feijão” precisam ser deixados de lado para ajudar na redução do desperdício e da perda de alimentos no país

Esse foi um alerta dado por Gustavo Porpino, analista na área de comunicação e marketing da Embrapa no Sustainable Food Summit da América Latina, evento promovido pela Rede Save Food Brasil, em São Paulo, e que discutiu a perda e o desperdício com alimentos em todo o mundo. Os brasileiros têm o hábito de ter um grande estoque de comida em suas casas – nem sempre adequados para o armazenamento, além de fazer compras de alimentos por impulso e prepará-los de forma excessiva à mesa.
Outro problema que contribui para o desperdício é o preconceito com o preparo das sobras de comida. “Quando jogamos comida fora estamos desperdiçando o esforço de pesquisa. A atividade agropecuária hoje no Brasil é rica em tecnologia e biotecnologia. Então, todo o esforço de tecnologia, o suor do homem do campo e todo o custo de logística e infraestrutura do varejo para manter, às vezes, o alimento refrigerado, tudo isso está sendo descartado no final da cadeia. Desperdiçar comida também é desperdiçar água, terra, recursos financeiros e impacta negativamente principalmente no orçamento da classe média baixa brasileira”, disse.
A perda dentro de casa não é o maior problema do país em termos estatísticos, mas contribui, em muito, para que as perdas e desperdício com alimentos no Brasil somem 40 mil toneladas por dia, segundo Viviane Romeiro, coordenadora de mudanças climáticas do World Resources Institute (WRI) Brasil. Alcione Silva, membro do corpo diretivo da Rede Save Food Brasil, entidade que tem apoio da FAO no Brasil, disse que os consumidores brasileiros contribuem com cerca de 10% do desperdício de alimentos dentro da cadeia logística, que envolve também a produção, distribuição e armazenamento dos alimentos. “O consumidor, para nós, é o grande ator desse tema porque ele tem uma grande exigência estética. Ele só leva para casa aquilo que é bonito, que está muito fresco”, disse.
Segundo Porpino, o grande desperdício do consumidor, ou seja, de quem está no ponto final da cadeia logística, se dá pelo “gosto da fartura” na mesa. “O desperdício se dá em casa, em função do não aproveitamento da sobra do alimento por causa do gosto da fartura. As vezes é uma intenção positiva, a mãe quer ver os filhos bem nutridos e coloca muita comida no prato do filho ou faz com que os filhos belisquem muito os alimentos entre uma refeição e outra e aí, quando chega o horário do almoço ou do jantar, ele não vai comer tudo o que está ali sobre a mesa”, disse.
“Nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura tem um dado alarmante: 31% das terras agricultáveis são ocupadas para produzir alimentos que nunca serão consumidos e 41% da produção agropecuária americana, que é a maior do mundo, não chega a ser consumida. Talvez o Brasil esteja próximo desse patamar, já que vencemos aquela condição de sermos importadores de alimentos para nos tornamos o segundo maior exportador de alimentos do mundo”, conclui Porpino (ABr).

Para europeus, luta contra terrorismo deve ser prioridade da UE

Líderes da UE, Hollande, Merkel e Matteo Renzi.

Sondagem feita pelo Parlamento Europeu com quase 28 mil pessoas mostra que a maioria dos europeus acredita que a luta contra o terrorismo deve ser prioridade número um da União Europeia (UE). Em seguida, na lista de tópicos considerados importantes pelos moradores do bloco europeu aparecem o combate ao desemprego e à fraude fiscal, a migração e a proteção das fronteiras externas. Três em cada quatro dos entrevistados (74%) afirmaram que o que une os europeus é mais importante do que o que os separa.
O estudo perguntou aos entrevistados se gostariam que a UE fizesse mais ou menos intervenções do que já faz atualmente. A maioria respondeu que o bloco deve intervir mais em quase todos os indicadores. A luta contra o terrorismo (82%) e o combate ao desemprego (77%) estão no topo da lista de prioridades e 40% dos entrevistados acreditam existir algum risco de ataque terrorista em seu país.
Três medidas de combate ao terrorismo, apresentadas pelo Parlamento, foram consideradas importantes: o combate ao financiamento dos grupos terroristas (42%), o combate às raízes do terrorismo e da radicalização (41%) e o reforço do controle das fronteiras externas da União Europeia (39%). Além disso, a maioria das pessoas afirmou querer mais iniciativas por parte da UE no que diz respeito ao combate à fraude fiscal (75%); ao problema da migração (74%); à proteção das fronteiras externas (71%) e à proteção do ambiente (67%).
A maioria dos portugueses entrevistados afirmou que gostaria que a UE fizesse mais intervenções do que faz atualmente em todos os itens apresentados: 93% dos portugueses gostariam que a UE interviesse mais no combate ao desemprego (77%, na média europeia); 91% dos portugueses defendem a luta do bloco contra o terrorismo (82% na média europeia) e 91%, no combate à fraude fiscal (75% na média dos europeus) (ABr).

Ku Klux Klan chega aos 150 anos e vê oportunidades com Trump

Há um século e meio da sua criação, o grupo que prega a supremacia da raça branca parece ressurgir com as ideias fomentadas pelo candidato republicano à Casa Branca, o magnata Donald Trump. No sul dos Estados Unidos, continuam sendo realizados rituais com as tradicionais vestimentas brancas e capuz. De acordo com uma reportagem da AP, os líderes da Ku Klux Klan (KKK) acreditam que tem ganhado força a mentalidade de “nós contra eles”, como as propostas de Trump de limitar a entrada de imigrantes – apoiada pelo clã desde os anos 1920 -.
Além disso, a KKK afirma que o número de afiliados cresceu desde a reeleição do presidente Barack Obama, em 2012, mas não quis revelar os dados exatos. Em fevereiro, um ex-líder da KKK, David Duke, declarou apoio a Trump explicitamente. O magnata, por sua vez, não pareceu se incomodar. Seus rivais, inclusive dentro Partido Republicano, como os pré-candidatos Marco Rubio e Ted Cruz, criticaram-no duramente por não ter rejeitado o apoio. Trump lançou sua pré-candidatura à Presidência dos EUA há mais de um ano e, durante este período, fez declarações polêmicas sobre gays, imigrantes mexicanos, muçulmanos e terrorismo.
Criada no fim do século 19, a KKK participou dos episódios mais obscuros da história dos Estados Unidos. Fundada em 24 de dezembro de 1865, a organização ganhou força em 1866, no Tennesssee como um clube social que reunia veteranos confederados, a KKK promovia atos de violência, perseguições e intimidação contra negros. A KKK teve três movimentos desde sua criação, sendo que a formação mais recente possui de cinco mil a oito mil apoiadores. Mas todos preferem manter o anonimato (ANSA).

Corredora que denunciou doping poderá competir na Olimpíada

Yulia Stepanova foi autorizada pela FIA a participar dos Jogos Rio 2016.

A Federação Internacional de Atletismo (IAAF) permitiu a atleta russa Yulia Stepanova, participar de competições internacionais. Ela denunciou à Agência Mundial Antidoping (Wada) casos de uso de substâncias ilegais por atletas russos. “O Conselho da IAAF tomou a decisão de admitir Yulia Stepanova nas competições internacionais como esportista independente, de acordo com a regra 22.1 A”, informou em nota.
A Wada apoiou a recomendação da comissão da IAAF de admitir Stepanova aos Jogos Olímpicos. Ao mesmo tempo, o nome da corredora não consta entre os participantes do próximo Campeonato da Europa. Ela foi suspensa por dois anos, em 2013, por ter usado doping. Ela e seu marido Vitaly Stepanov foram os denunciantes principais do canal televisivo ARD, que fez um filme sobre o doping nos esportes russos.
Em dezembro de 2014, o casal pediu asilo ao Canadá e agora vive nos Estados Unidos.
Em novembro de 2015, a Wada acusou a Rússia de violação das regras antidoping e recomendou à IAAF suspender os atletas russos das competições, incluindo os Jogos Olímpicos 2016, no Rio de Janeiro. Em 17 de junho, o Conselho da IAAF manteve a desqualificação da Federação Russa de Atletismo. O Comitê Olímpico Internacional disse depois que alguns dos esportistas poderão competir pela Rússia se a desqualificação for retirada individualmente (Sputnik Brasil).

China não aceitará independência de Taiwan

A China não aceitará nenhuma ação voltada à obtenção de independência por Taiwan e se oporá às forças separatistas, declarou nesta sexta-feira o presidente da China, Xi Jinping. “O desenvolvimento pacífico das relações entre as duas margens do estreito de Taiwan é o único caminho. Se ater ao “Consenso de 1992” e se opor ao separatismo — esse é o nosso fundamento político”, disse Xi Jinping, ao discursar em encontro solene, por ocasião dos 95 anos do Partido Comunista da China.
Ele destacou que Pequim “nunca aceitará ações voltadas para a chamada independência de Taiwan. “Consenso de 1992” é o termo usado após a reunião dos representantes da China e de Taiwan em 1992, que prevê o reconhecimento da unidade e do princípio de uma “China única”. No entanto, China e Taiwan apresentam interpretações diferentes desse termo (Sputnik Brasil).