Presidente da UGT, Ricardo Patah. |
São Paulo – Quatro centrais sindicais – UGT, Força Sindical, CTB e Nova Central – devem se reunir hoje (26), com Michel Temer para pedir ao vice-presidente que, em um eventual governo, não sejam adotadas mudanças na área trabalhista defendidas por empresários. “Vemos com preocupação a defesa de empresários, liderados pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que esteve domingo por seis horas com Temer, de temas como a flexibilização genérica na área trabalhista”, disse o presidente da UGT, Ricardo Patah, que representa cerca de 10 milhões de empregados.
Patah elogiou a capacidade de diálogo e a disposição de negociação do vice-presidente da República, mas disse que as centrais irão alertá-lo de que há temas que não podem ir adiante, como o projeto de terceirização aprovado na Câmara.
Na avaliação de Patah, a crise econômica e social no Brasil é muito grave e o governo precisa adotar medidas para que o ajuste fiscal não afete exclusivamente os assalariados. “Há dez milhões de pessoas desempregadas no Brasil. Há alternativas. Recursos do Codefat podem ser destinados ao seguro-desemprego, podem ser adotadas políticas de estímulo ao crédito, de avanço das exportações. Mas não é possível que o ajuste seja feito somente sobre as costas dos trabalhadores” (AE).