Mercado acusa nova retração no financiamento de veículos![O total de recursos liberados apresentou queda de 20,9% nos últimos 12 meses.](images/economia/210416/Mercado_temporario.jpg)
Dados do boletim da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, referentes ao mês de fevereiro, refletem mais uma vez as consequências do atual cenário econômico nacional, que continua impactando o setor de crédito para financiamento de veículos O total de recursos liberados apresenta queda de 20,9% nos últimos 12 meses, somando R$ 12,2 bilhões. Para a modalidade CDC, foram liberados R$ 5,8 bilhões, o que representa queda de 11,6% em um ano. A redução mais acentuada se refere aos recursos liberados para pessoa física, que encolheram 12,8% no mesmo período. Com as vendas automotivas fortemente impactadas pela recessão da economia, o saldo das carteiras de veículos de fevereiro (R$ 179 bilhões) registra a mesma tendência, totalizando queda de 1,4% versus o mês anterior e 13,9% em 12 meses. O saldo da modalidade CDC contribuiu para puxar o indicador para baixo, apresentando diminuição de 13,4% na média entre as carteiras de pessoa física e jurídica. O leasing conta com queda expressiva de 26,9% no acumulado de 12 meses, com destaque para pessoa física, que registrou retração de 34,8% no mesmo período. De acordo com a entidade, as projeções mais otimistas situam a possibilidade de retomada a partir de 2017, pois o quadro atual de recessão, com inflação persistentemente alta, indica a existência de desequilíbrios profundos na economia que demandam tempo para serem superados. A inadimplência mantém tendência de alta no segundo mês do ano. Na modalidade CDC, os contratos de pessoas físicas apresentam aumento de 0,5 pontos percentuais nos últimos 12 meses. |
Micro e pequena indústria beira paralisia total![Divulgação](images/economia/210416/maxresdefault_3_temporario.jpg)
A 37ª rodada do Indicador de atividade da micro e pequena indústria, encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo (Simpi) ao Datafolha, aponta que o primeiro trimestre de 2016 continuou desafiador. Segundo dados referentes a março, além do elevado número de corte de vagas que já vem ocorrendo desde o ano passado, houve ainda o fechamento de 2,8 vagas, em média, em 20% das empresas. De acordo com o índice de expectativa, 75% apostam na alta do desemprego nos próximos seis meses, pior índice da serie histórica. A dificuldade no acesso a crédito é também um fator preocupante. Em março, 35% dos empresários afirmaram que costumam buscar crédito para pessoa jurídica para obter capital de giro quando necessário, mas apenas 14% o conseguiram. No caso do cheque especial, 14% disseram recorrer a este meio quando precisam, porém, mesmo com os juros altos, 22% o utilizaram, aumentando seu endividamento. O Índice de Investimentos também nunca foi tão baixo. Em março deste ano, apenas 8% do total de empresas fez algum investimento, seja ele em máquina e equipamentos ou espaço físico, ante 15% no mês anterior. Questionados sobre a pretensão para abril, 91% dos empresários responderam que não investirão, resultado superior ao levantamento anterior, quando 84% fizeram a mesma afirmação. Em março, 96% dos empresários da categoria afirmaram que a crise econômica está afetando seus negócios e 75% declaram que o futuro de sua empresa está em risco. O presidente do Simpi, Joseph Couri, alerta para possível consequência deste momento de crise. “Está ocorrendo um agravamento geral, a pesquisa Simpi apresentou os piores resultados da serie histórica na maioria dos índices. Se medidas não forem tomadas, as empresas não sobreviverão e há um sério risco de chegarmos a um estado de paralisia na micro e pequena indústria”. | Prévia da inflação oficial sobe 0,51% em abrilDepois de sinais de desaceleração, a inflação – medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – voltou a acelerar ao fechar abril com alta de 0,51%, resultado 0,08 ponto percentual acima dos 0,43% de março. Apesar da alta de março para abril, o resultado acumulado nos quatros primeiros do ano ficou em 3,32%, abaixo de 1,29 ponto percentual dos 4,61% registrados em igual período do ano anterior. Os dados relativos ao IPCA-15, previa da inflação oficial do pais medida pelo IPCA, foram divulgados pelo IBGE. O IPCA-15 tem a mesma metodologia do IPCA e se refere a famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos. Abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. A pesquisa indica que a inflação acumulada nos últimos 12 meses (9,34%) ficou também abaixo dos 9,95% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2015, a taxa havia sido de1,07%. Segundo o levantamento do IBGE, alimentação e bebidas, com alta de 1,35%, e saúde e cuidados pessoais, com 1,32%, foram os grupos que apresentaram os maiores resultados em abril relativos ao IPCA-15 (ABr). |