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Governo diz que Lava Jato é política; oposição reforça o impeachment

em Destaques
sexta-feira, 04 de março de 2016

A 24ª etapa da Operação Lava Jato movimentou os corredores da Câmara, bem como os próprios partidos políticos, seja com a oposição defendendo o impeachment da presidenta Dilma Rousseff ou a base aliada criticando a ação da Polícia Federal e classificando-a de ação política.

Lideranças oposicionistas manifestaram apoio à ação da PF, como a condução coercitiva do ex-presidente Lula. Já os governistas defenderam o posicionamento de que a nova etapa comprova o aspecto político da operação.
O PSB divulgou nota em que reafirma a “sua postura crítica em relação ao governo federal”. O partido reiterou sua intenção em “marchar em definitivo para a oposição a este governo”, segundo nota assinada pelo presidente do partido, Carlos Siqueira, para quem a mudança deverá ser aprovada pela Executiva Nacional. O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) disse que esta sexta é um “dia histórico” que representará o “renascimento da República Brasileira”, com o Brasil mostrando ao mundo que “ninguém está acima da lei em nosso país”.
Também por meio de nota, o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), defendeu a mobilização da oposição para votar o impeachment no Congresso Nacional, e conclamou a população a sair às ruas para se posicionar em defesa da investigação da Operação Lava Jato. O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), disse que a nova fase da Lava Jato trouxe à luz “a existência de uma organização criminosa”, o que, segundo ele, representa “o começo do fim desse projeto”.
Mais cedo, o líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (PT-BA), disse que a condução de Lula para prestar depoimento confirma que a Lava Jato é uma operação política e ilegal. “Ilegal porque o ex-presidente Lula prestou depoimento sucessivas vezes e não há nenhuma pista e nem prova contra ele”. O petista avalia que existe uma ação politicamente coordenada com a oposição porque a tese do impeachment da presidente Dilma Rousseff teria perdido força. “Estaremos em vigília em todos os estados durante o dia e tomaremos um conjunto de iniciativas para defender a democracia e o presidente Lula”, adiantou (ABr).