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Nível de atividade da indústria paulista caiu 6,1% em 2015 ante 2014

em Manchete
quarta-feira, 03 de fevereiro de 2016

Arquivo/GM

O setor que registrou a maior queda de atividade foi o de veículos automotores, com recuo de 15,1%.

São Paulo – O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista caiu 6,1% em 2015 ante 2014, mostra pesquisa divulgada ontem (3), pela Fiesp. Com exceção da retração de 9,3% verificada em 2009, período marcado pela crise internacional, a baixa observada no ano passado é a mais acentuada desde 2003. Somente no último trimestre do ano passado, o desempenho do setor manufatureiro caiu 3% na comparação com o trimestre anterior.
A variável Horas Trabalhadas na Produção recuou 12,9% em 2015 ante 2014 e foi a principal influência negativa para o resultado de 2015, segundo o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp. Paulo Francini, diretor do Depecon, afirma que a redução das horas trabalhadas na produção não indica exclusivamente uma queda do emprego no setor, mas a adoção de medidas como lay-off, a suspensão do contrato de trabalho por tempo determinado.
“Há fabricas que estiveram em processo de lay-off e em outros sistemas em que não há redução do emprego. E o número de horas trabalhadas tende a cair mais que o emprego por questões como o uso de banco de horas e outros mecanismos”, diz Francini. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da indústria, o Nuci, ficou em 75,6% em dezembro de 2015 ante 75,7% em novembro do mesmo ano, na comparação com ajuste sazonal.
O Depecon projeta ainda que a atividade industrial de São Paulo deve encerrar 2016 com recuo de 5,3%. “Ao olhar para as perspectivas, não conseguimos enxergar por onde vai ocorrer a saída para uma eventual melhora. Um dia a crise vai passar, porém, não sabemos quando. Mas a intensidade dela é a maior que já vivemos”, afirma o diretor do Depecon.
O setor que registrou a maior queda de atividade em 2015 foi o de veículos automotores, com recuo de 15,1%. A indústria de máquinas e equipamentos também encerrou o ano no vermelho, com retração de 14,7%. Na contramão, o setor de celulose, papel e produtos de papel fechou o ano com uma variação ligeiramente positiva de 0,7% (AE).