Cristiano Parente (*)
Festas de fim de ano, ano novo, verão, carnaval…
São várias as justificativas encontradas nessa época do ano para começar ou ingressar em um programa de atividades físicas ou em uma academia.
Ao olhar com profundidade e analisar cuidadosamente cada um desses “motivos”, porém, é possível perceber que todos eles já são usados por décadas com a ideia de serem “o estímulo que se precisa para começar a se mexer, a fazer alguma atividade física”.
Ano após ano, também, tais motivações não passam de um estímulo sazonal. Verdadeiramente, não são fortes o suficiente para fazer com que essas pessoas mudem de vez seus hábitos e insiram definitivamente a atividade física na rotina. São raras as pessoas que mudam pensando dessa forma.
A explicação para isso está no fato de que essas justificativas têm validade curta: ao final das festas, ainda nos primeiros dias do novo ano, muitos já se esquecem do que comeram nas festas, o ano novo só é novo até no máximo fevereiro, o verão acaba em três meses, e o carnaval acaba em uma semana.
O ano, entretanto, continua. E o que passa a ser motivação para uma vida realmente ativa? A grande verdade é que a motivação para uma vida ativa não vem de justificativas temporais, supérfluas. A força necessária para tamanha mudança deve vir de algo mais importante.
Entre vários motivos possíveis, um bastante forte e que pode até soar um pouco rude, é o acesso à informação. Hoje, inúmeros estudos e reportagens revelam a importância de se mexer, de se fazer exercícios em prol de uma vida saudável.
Com tanta informação em circulação, quem ainda hoje consegue viver sem se exercitar? Tais informações devem ser absorvidas com a mesma atenção e empenho com que armazenamos informações sobre temas igualmente relevantes, como, por exemplo, o uso consciente da água. Ou sua saúde não merece mesmo zelo?
A preguiça não pode servir como justificativa para que alguém seja ‘ignorante’ em relação à saúde. A atividade física deve fazer parte da vida de todos para sempre, com a simples justificativa de que a mesma é essencial para a saúde.
Caso não haja condições de se exercitar em academia, que seja no clube ou em um parque. O importante – leia-se obrigatório! – é incluir os exercícios no dia a dia, se possível trocando o carro pela caminhada, o elevador pelas escadas, etc.
Certamente, você é uma pessoa educada e bem informada sobre esse tema. E isso já deve deixá-lo animado para uma vida mais ativa.
(*) – É professor e coach de educação física, eleito em 2014 o melhor personal trainer do mundo em concurso internacional promovido pela Life Fitness. É CEO da Koatch Academia e do World Top Trainers Certification.