Brasília – O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, fez ontem (14), uma apresentação sobre a gestão e governança, desempenho operacional e os investimentos da companhia durante os oito meses sob o seu comando. “A empresa passava por momento de extrema turbulência, e em fevereiro ainda não tinha balanços de terceiro e quarto trimestres (de 2014) aprovados, o que trazia uma situação de insolvência da empresa perante o mercado creditício”, afirmou, em depoimento à CPI da Petrobras na Câmara na condição de testemunha. “Foi um trabalho árduo e conseguimos aprovar os balanços auditados em abril”, relatou.
Bendine citou que foram feitos ajustes de ativos, patrimônio e resultados da empresa para dar mais credibilidade às informações da Petrobras. “Conseguimos quase US$ 11 bilhões, que puderam fazer frente a caixa da companhia que não atendiam as necessidade de uma empresa desse porte. Isso resgatou um pouco a credibilidade que Petrobras tinha que ter”, completou. A nomeação de um novo Conselho de Administração também foi relatada aos parlamentares, o que, segundo ele, possibilitou a aprovação dos balanços seguintes.
“Estamos buscando um modelo de gestão operacional efetivo e reforma de governança para mitigar situações vividas no passado, e para termos conforto em decisões tomadas”, acrescentou. O presidente da Petrobras pontuou que a empresa tem colaborado ativamente com as autoridades envolvidas nas investigações e disse que a empresa busca recuperar valores no âmbito da Operação Lava Jato
Ele voltou a considerar que o mercado de petróleo impõe desafios à companhia, com o barril do produto cotado abaixo do US$ 50 no mercado internacional, bem como a valorização do dólar em relação ao real, o que encarece a gestão da dívida da empresa. Apesar dos desafios, Bendine disse acreditar que a Petrobras voltará “a ser motivo de orgulho para todo cidadão brasileiro”, sendo uma empresa mais enxuta e com resultados robustos. “Diante de um cenário onde a gente busque cada vez mais uma disciplina de capital e de gestão forte, aliados a um programa de desinvestimento, podemos trazer a dívida da Petrobras para um patamar mais confortável”, afirmou. “Acreditamos fortemente na capacidade de recuperação da empresa”, completou (AE).
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