A Confederação Nacional da Indústria (CNI) piorou a projeção para a queda da economia, este ano. A estimativa de retração do PIB passou de 1,6% para 2,9%.
“A insegurança econômica causada pela forte deterioração das contas públicas e as dificuldades para construir o ajuste fiscal determinaram uma recessão de magnitude mais intensa que a inicialmente esperada”, diz a CNI, no Informe Conjuntural.
“O ambiente de instabilidade se completa com taxa de inflação anual próxima de 10% e grande volatilidade nos mercados de câmbio e juros”, acrescenta. A expectativa de queda do PIB industrial foi alterada de 3,8% para 6,1%. A projeção para a queda no consumo das famílias passou de 1,2% para 2,3% e para a retração dos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), de 7,7% para 13,4%.
A projeção para a taxa de desemprego foi alterada de 6,7% para 6,9%. A estimativa para a inflação subiu de 8,9% para 9,6%. A expectativa para a a Selic é manutenção no atual patamar de 14,25%. A CNI passou a prever déficit primário, este ano, de 0,05% do PIB. A expectativa para a dívida líquida passou de 36,4% para 34,9% do PIB.
A expectativa para a taxa média de câmbio em dezembro ficou em R$ 4. Em julho, a previsão era R$ 3,25. A previsão para o superávit comercial dobrou para US$ 10 bilhões. A previsão para o déficit em conta corrente, saldo das operações de compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o mundo, passou de US$ 81 bilhões para US$ 69 bilhões, este ano (ABr).