Metalúrgicos da empresa de autopeças Rassini Automotive, de São Bernardo do Campo, aprovaram por unanimidade a adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), de acordo com informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
A empresa é a primeira de sua base a aceitar o acordo coletivo que prevê a redução de 15% da jornada de trabalho com igual redução dos salários para todos os 550 trabalhadores da fábrica e a complementação pelo FAT de metade dessa redução salarial (7,5%). O acordo de adesão ao programa terá duração de quatro meses, porém pode ser prorrogado por até oito meses.
De acordo com o presidente do sindicato, Rafael Marques, o acordo celebrado com a Rassini será referência para a base inteira. “A aprovação unânime demonstrou o reconhecimento do espírito do programa, que valoriza o vínculo do trabalhador ao seu emprego”, reforçou o sindicalista em nota. Ele ponderou que as negociações levarão em conta a realidade de cada empresa e o nível de queda registrado na produção.
Marques tem apoiado o programa e participou do anúncio do PPE ao lado de ministros em Brasília. Para ele, é muito mais “eficiente, inteligente e correto” ter a participação do Estado brasileiro na preservação do emprego. “O maior valor que um País tem são seus trabalhadores”, destacou em nota. Com a alternativa do PPE, Marques diz que “é inaceitável a dispensa de trabalhadores”. “Não vamos admitir demissões na categoria. Vamos exigir dos empresários que usem o programa até o limite”, disse (AE).