A inteligência artificial (IA) tem auxiliado na tomada de decisões estratégicas, com grande impacto nas indústrias e empresas globais, principalmente por trazer dados com velocidade e precisão, além de aumentar a eficiência operacional, gerar insights e revelar oportunidades de negócio.
Segundo dados da pesquisa realizada durante a 27ª CEO Survey 2024, metade dos CEOs entrevistados afirmaram ter utilizado recursos da IA generativa para transformar o modelo de negócio, redesenhar processos e reformular indústrias inteiras. Outros 60%, preveem que podem melhorar a qualidade de produtos e serviços ao longo dos próximos 12 meses.
No Brasil, um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas é a falta de dados estruturados, muitas delas estão em estágios iniciais de maturidade, o que dificulta a implementação de soluções avançadas de IA. No entanto, há um interesse genuíno das empresas tupiniquins em investir financeiramente e melhorar seus resultados.
Segundo Marcos Santos, CEO da Aquarela Analytics, empresa brasileira pioneira em inteligência artificial e análise de dados, é necessário examinar em qual nível de maturidade de dados a empresa se encontra. Para facilitar a análise, a empresa desenvolveu a metodologia DCM (Data Culture Methodology), que avalia as organizações em cinco níveis de maturidade de dados: Empírico, Ad hoc, Definido, Otimizado e Exponencial.
Ao usar uma IA avançada, é preciso estar no quinto grau de maturidade de dados. “Precisamos entender em que momento o negócio está, identificar os pontos fracos e desenvolver estratégias de crescimento contínuo. A IA Corporativa atua no core-business, faz parte da estratégia do negócio, afeta diretamente os principais KPIs e possui uma visão de longo prazo até alcançar o mais alto nível de maturidade de dados”, destaca Santos.
Para o executivo, a instituição precisará de um suporte correto, conforme o nível de sua maturidade digital e de dados. “Os negócios que elaborarem um planejamento de crescimento se tornarão, em alguns anos, líderes globais em inovação. O mercado nacional possui muitas particularidades e pensando na diversidade que há em nosso país, desenvolvemos uma Inteligência Artificial com DNA brasileiro. A partir do momento que empresas utilizam uma abordagem baseada em dados, a IA com DNA brasileiro se consolidará proporcionando vantagens competitivas ao negócio”, ressalta.
Através da IA proprietária da Aquarela, foi aprimorado o planejamento de visitas logísticas aos Pontos de Venda (PDVs) de uma das maiores fabricantes e distribuidoras de bebidas do país. O processo era feito manualmente e gerava altos custos operacionais e uma dificuldade de encontrar os gargalos de desperdício. A solução encontrada foi o desenvolvimento de um módulo de inteligência logística com recomendações personalizadas e com rotas otimizadas.
Após algum tempo de atuação, o plano gerou uma redução de 42% da quilometragem mensal rodada, menos tempo de deslocamento entre os polos de distribuição, aumento no tempo em cada centro de distribuição de 7% no PDV, economia significativa no consumo de combustível e, consequentemente, uma redução na emissão de gás carbônico.
Ou seja, aumentou a produtividade, diminuiu significativamente os recursos e ainda impulsionou o ESG da companhia, com a queda na emissão de CO₂ na atmosfera.
“Acredito que até 2025, a adoção de IA em empresas brasileiras terá um aumento de 40%. É importante haver uma mudança de mindset, tanto dos líderes com poder de decisão, quanto dos colaboradores que irão fazer análise desses recursos. A IA Corporativa não é um novo sistema, é uma nova forma de fazer negócio. Precisa ter uma aceitação interna e uma mudança de cultura”, finaliza Marcos Santos. – Fonte: (https://www.aquare.la).