As feridas cutâneas são um problema recorrente para equinocultura, sendo um dos motivos mais comuns de atendimento veterinário. As lesões são ocasionadas por uma série de fatores externos inerentes aos desafios ambientais vivenciados pelos equinos. Porém, esses pequenos ferimentos podem servir como porta de entrada para uma série de doenças que geram perdas produtivas importantes.
É o caso, por exemplo, da Pitiose equina. A patologia, que acomete animais de qualquer raça e idade é causada pelo fungo Pythium insidiosum. O patógeno, encontrado em áreas alagadiças, é comum em regiões que apresentam características climáticas com altas temperaturas e umidade. Esses fatores estimulam a reprodução e multiplicação do microrganismo.
“Comumente os equinos são infectados ao entrar em contato com águas contaminadas, encontradas, muitas vezes, em açudes ou barreiros. O patógeno utiliza feridas pré-existentes para entrar no organismo do animal”, explica Fernanda Ambrosino, médica-veterinária gerente de produtos da linha equestre da Ceva Saúde Animal.
Com uma intensa reação inflamatória, os animais acometidos pela pitiose equina apresentam lesões cutâneas progressivas, granulosas, ulceradas ou fistuladas localizadas, principalmente, nos membros, abdômen e narinas.