No dia 11 passado a SpaceX lançou 20 satélites Starlink a bordo de um foguete Falcon 9, uma nave reutilizável.
Vivaldo José Breternitz (*)
Enquanto o primeiro estágio do Falcon 9 funcionou como esperado, o segundo estágio sofreu um vazamento de oxigênio líquido, impedindo que os satélites fossem colocados na órbita pretendida.
O lançamento fracassado foi a 364ª missão do Falcon 9 e sua primeira falha desde 2016, quando um deles explodiu na plataforma de lançamento. A SpaceX completou 96 lançamentos apenas no ano passado, um recorde de lançamentos em todo o mundo.
Nas últimas semanas aconteceram diversos problemas na área aeroespacial – além deste, houve o lançamento imprevisto de um foguete chinês e dificuldades americanas em fazer uma nave produzida pela Boeing voltar à Terra.
Após o lançamento, a SpaceX informou que havia tentado corrigir as órbitas, mas sem sucesso, e que os satélites voltarão à Terra, acabando por se desintegrar ao reentrar na atmosfera, sem risco para pessoas e outros satélites.
A SpaceX disse que a falha do Falcon 9 é um lembrete de quão tecnicamente desafiador é o voo espacial. Após lembrar os 364 lançamentos bem-sucedidos do foguete, transportando com segurança astronautas, cargas de clientes e colocando milhares de satélites Starlink em órbita, a empresa afirmou que a família de foguetes Falcon é uma das mais confiáveis do mundo.
A empresa acrescentou que realizará uma investigação completa em conjunto com as autoridades do governo americano para determinar a causa raiz da falha e executar ações corretivas de forma a garantir o sucesso e a segurança de missões futuras.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].
