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ITPA ou RPA: Qual a melhor forma para Automatizar Processos?

em Destaques
segunda-feira, 01 de julho de 2024

Fernando Baldin (*)

Automatizar processos corporativos não é uma novidade. Essa jornada começou com a primeira implantação de sistemas no início da década de 80. Naquela época, a automação era restrita às áreas de tecnologia das empresas, com sistemas complexos e rígidos que exigiam equipes especializadas para desenvolvimento e manutenção.

Entretanto, a partir de 2015, houve a adoção de ferramentas de “arrasta, solta e conecta”, hoje conhecidas como Low-Code/No-Code, que geraram uma revolução no setor, democratizando o acesso à automação e ampliando as possibilidades de otimização de processos. Isto é porque com a evolução constante da tecnologia, a automação de processos empresariais se tornou cada vez mais acessível e diversificada.

A introdução dessas ferramentas intuitivas permitiu que profissionais de diversas áreas, sem necessidade de conhecimentos profundos em tecnologia, pudessem criar e gerenciar automações. Isso transformou a maneira como as empresas operam, proporcionando maior agilidade e eficiência nas operações diárias. No entanto, nem toda automação faz sentido ser feita por interface, seja por questões de performance, risco ou segurança.

Além disso, a automação trouxe uma nova perspectiva sobre a gestão do tempo e dos recursos dentro das organizações. Com a capacidade de automatizar tarefas repetitivas e demoradas, as equipes podem direcionar seu foco para atividades estratégicas e inovadoras, impulsionando a produtividade e a competitividade.

O impacto da automação não se limita apenas à eficiência operacional, mas também à qualidade dos serviços prestados, uma vez que processos automatizados tendem a ser mais consistentes e menos propensos a erros.

Dentro do mercado de automação, existem dois tipos macros de automações: ITPA (Automação de Processos de TI) e RPA (Automação Robótica de Processos). Cada um desses tipos tem características e aplicações específicas que atendem a diferentes necessidades empresariais.

  1. – ITPA (Automação de Processos de TI) – A ITPA é direcionada para automações de alto volume de transações ou para processos que exigem um controle maior sobre os resultados. Esse tipo de automação é ideal para operações complexas e críticas, onde a precisão e a confiabilidade são essenciais.

Devido à sua natureza, os projetos de ITPA tendem a ter um tempo de implantação maior e uma complexidade elevada, geralmente requerendo alguns meses para serem bem-sucedidos. A vantagem da ITPA é a capacidade de gerenciar grandes volumes de dados e processos com muita personalização e controle.

Os projetos de ITPA frequentemente envolvem a integração de múltiplos sistemas e a necessidade de garantir que todos os componentes funcionem harmoniosamente. Isso pode incluir a automação de processos de TI, como gerenciamento de redes, monitoramento de sistemas, e resposta a incidentes.

A robustez da ITPA a torna uma escolha ideal para grandes corporações que necessitam de soluções de automação escaláveis e confiáveis, especialmente em setores como finanças, saúde e telecomunicações, onde a precisão e a segurança são primordiais.

  1. – RPA (Automação Robótica de Processos) – Por outro lado, a RPA é projetada para ser implementada em um período muito mais curto, geralmente, em no máximo 90 dias. O RPA permite que os negócios comecem a sentir os benefícios da automação rapidamente, aliviando as equipes de tarefas repetitivas e permitindo que foquem em atividades de maior valor agregado.

Com o RPA, os bots de software executam tarefas como um humano faria, interagindo com aplicações e sistemas existentes sem a necessidade de integrações complexas.
Por uma das maiores vantagens da RPA ser sua flexibilidade e facilidade de implantação.
Empresas podem identificar rapidamente processos manuais que consomem tempo e recursos e automatizá-los usando bots que simulam as ações humanas, como entrada de dados, processamento de transações e comunicação entre sistemas.

Essa agilidade permite que empresas de todos os tamanhos se beneficiem da automação, tornando-se mais eficientes e competitivas sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura tecnológica.

Em resumo, enquanto a ITPA é voltada para automações robustas e de grande escala, a RPA oferece uma abordagem ágil e rápida para automação de processos, proporcionando resultados tangíveis em um curto período. A escolha entre ITPA e RPA depende das necessidades específicas da empresa, do volume de transações e do nível de controle desejado.

A decisão sobre qual abordagem adotar deve considerar uma análise cuidadosa dos objetivos de automação da empresa, os recursos disponíveis e o impacto esperado sobre os processos de negócio. Muitas organizações optam por uma combinação de ITPA e RPA, aproveitando o melhor de ambos os mundos para criar uma estratégia de automação abrangente e eficaz.

Ao alinhar as capacidades de automação com as metas estratégicas da empresa, é possível alcançar uma transformação digital significativa e sustentável. A revolução da automação corporativa continua a evoluir, trazendo novas ferramentas e técnicas que permitem às empresas se adaptarem e crescerem em um mercado cada vez mais competitivo.

Portanto, com a automação se tornando mais acessível e versátil, as empresas têm a oportunidade de transformar seus processos, melhorar a eficiência e focar no que realmente importa: criar valor ao Cliente.

(*) – É country manager LATAM da AutomationEdge.