O Pix e o Open Finance têm impactado significativamente o setor financeiro nos últimos tempos. De acordo com o Banco Central (BC), em 2023 o Pix contabilizou 143 milhões de pessoas físicas cadastradas entre janeiro e novembro, um recorde de R$15,3 trilhões movimentados no acumulado do ano.
Com a chegada do Carnaval, esses números devem seguir em alta em 2024, já que o período deve movimentar R$9 bilhões na economia brasileira, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Já o Open Finance, após três anos da implementação pelo BC, também alcançou avanços significativos, alcançando 40 milhões consentimentos ativos no último ano e inaugurando um novo capítulo no setor, com serviços mais integrados e melhorias nos fluxos.
Para este ano, a perspectiva é de um impacto ainda maior no setor tecnológico, com integração mais ampla, segura e financeiramente eficiente para os usuários. Mesmo assim, prever o futuro do setor é um desafio, mas algumas tendências atuais já apontam mudanças significativas, com a expansão de produtos, incluindo seguros, investimentos e serviços de aposentadoria. Além das melhorias na plataforma, o Open Finance proporciona uma experiência mais positiva para o cliente. Isso inclui interfaces mais amigáveis, processos simplificados e maior transparência, elementos essenciais para construir e manter a confiança dos consumidores.
Para o presidente da Associação dos Iniciadores de Transação de Pagamentos (INIT), Gustavo Lino, este ano será fundamental para reforçar a comunicação a respeito dos benefícios e do valor que o Open Finance pode proporcionar aos usuários. “Pesquisas mostram que a preocupação dos brasileiros em compartilhar dados está diminuindo gradativamente, o que abre caminhos para que cada vez mais o serviço se torne parte do dia a dia das pessoas.
Esse é o nosso papel enquanto associação, ampliar o diálogo e o debate com os associados para que o setor se fortifique”, afirma. Outra grande novidade será a chegada de uma nova modalidade do Pix para pessoas físicas e jurídicas: o Pix Automático. Anunciado pelo BC no último ano, a nova funcionalidade começa a operar oficialmente no fim de outubro deste ano. A inovação sugere uma maior automação nos pagamentos, tornando as transações mais eficientes e convenientes para os usuários.
O Pix Automático pretende proporcionar maior praticidade no pagamento de contas, oferecendo a opção de pagamentos automáticos e recorrentes, simplificando a vida do consumidor com débitos diretamente na conta e eliminando a necessidade de autenticação a cada pagamento, contribuindo para a redução de custos com cobranças e minimizando a inadimplência.
“O serviço será semelhante ao débito automático, mas com uma diferença fundamental. Enquanto o débito automático requer acordos prévios com outras instituições para sua implementação, o Pix automático oferecerá ao pagador diversas funcionalidades para gerenciar pagamentos recorrentes. Isso inclui a capacidade de definir um limite máximo para o valor a ser debitado em cada parcela, permitindo o cancelamento da autorização a qualquer momento”, explica Gustavo.
Além disso, o Pix Automático irá abranger pagamentos recorrentes a diversas empresas, como contas de água e energia, condomínios, clubes, planos de saúde, serviços de streaming, entre outros. Na prática, ele oferecerá funcionalidades semelhantes ao tradicional débito automático e os pagamentos de mensalidades via cartão de crédito, mas com uma vantagem significativa, que são múltiplas transações em tempo real, criando maior facilidade no processo de concretização dos débitos e otimizando a eficiência das operações financeiras.
“Todas essas funcionalidades novas irão alavancar positivamente o setor este ano e a nossa expectativa é que o Open Finance especificamente, mesmo que ainda enfrente alguns desafios no horizonte, se torne mais popular, como acontece atualmente com o Pix, diminuindo gradativamente a percepção de risco entre os usuários, com cada vez mais produtos e soluções personalizadas”, finaliza o presidente. – Fonte e mais informações: (https://init.org.br).