Juliana Silva (*)
Como diretora global de sustentabilidade da divisão de IOD da Indorama Ventures, tive a oportunidade de representar a empresa na COP 28, o maior encontro sobre mudança climática do mundo realizado em Dubai, nos Emirados Árabes. Foi uma experiência enriquecedora e que me trouxe muitos aprendizados. Ao longo das sessões, interagi com executivos, representantes do governo, startups, ONGs e acadêmicos.
Foi a primeira vez que participamos do evento. Aproveitamos para monitorar as tendências e melhores práticas e compará-las às ações já realizadas e planejadas por nossa companhia com o objetivo de aprimorar e acelerar a implementação dos roadmaps, visando a diminuição das emissões provenientes de nossas operações e maior resiliência frente aos impactos causados pelas mudanças climáticas.
Foquei em acompanhar as agendas de debates dos países nos quais a divisão de IOD da Indorama Ventures possui operações e nos temas que estavam mais conectados com as pautas que temos priorizado, como transição energética, regulações, modelos de financiamento, soluções baseadas na natureza e resiliência e adaptação climática.
E, durante essa imersão, não pude deixar de olhar para trás e refletir sobre o quanto nossos colaboradores se empenharam para que pudéssemos avançar na pauta de proteção ambiental. Possuímos uma estratégia de sustentabilidade que guia o nosso negócio com foco nos temas materiais e de forma alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [ODSs] da ONU. Em 2023, definimos o nosso pipeline de projetos para a descarbonização de nossas operações, avançamos com o mapeamento dos riscos climáticos, melhoramos a qualidade do nosso inventário de GEE e cálculo das pegadas de carbono de nossos produtos.
Progredimos em diversas frentes de sustentabilidade, que podem ser conferidas em nosso relatório anual, o Innovability: IOD Pathway to the Future. Participamos de dois programas que conectam os nossos principais desafios com soluções inovadoras, o Cidade Zero Carbono, fruto de uma parceria entre a prefeitura de Salvador e SENAI/CIMATEC, e o Emerge Bio, com foco em soluções baseadas na natureza. Além disso, permanecemos atentos aos demais elos de nossa cadeia e, portanto, estamos finalizando o mapeamento dos riscos sociais das comunidades do entorno de nossas operações. Acabamos de entregar a primeira fase do projeto de implementação de sistemas agroflorestais para a produção de mamona de pequenos produtores da comunidade quilombola de Cordoaria da cidade de Camaçari. Grandes projetos. Muita responsabilidade. Um baita orgulho em fazer parte!
Como lição, a COP 28 me fez ter a certeza de que, mais do que mapear os riscos inerentes às mudanças climáticas, precisamos definir e implementar planos de ação que olhem não somente para as nossas operações, mas também para a nossa cadeia de valor e comunidades do entorno. A colaboração entre o setor privado, governo e sociedade é fundamental para o sucesso deste processo.
Tenho a convicção que este será mais um divisor de águas para aprimorarmos ainda mais as nossas ações e contribuirmos para um futuro cada vez mais sustentável. O desafio é grande e temos muito trabalho pela frente, mas pude constatar que estamos no caminho certo. Em 2024, a única certeza que tenho é que continuaremos a viver o nosso propósito intensamente: o de continuar a reimaginar a química juntos para criar um mundo melhor.
(*) Diretora global de sustentabilidade da divisão de IOD da Indorama Ventures