Cristiano Maschio (*)
À medida que adentramos 2024, o setor bancário enfrentará uma metamorfose impulsionada por tecnologias avançadas, regulações adaptativas e crescentes demandas dos consumidores.
Em primeiro lugar, a digitalização continuará sendo a força motriz. A intensificação da integração de inteligência artificial e aprendizado de máquina implicará na personalização de serviços, oferecendo experiências bancárias mais intuitivas e eficientes.
Tecnologias como blockchain ganharão destaque. Os bancos explorarão a implementação de soluções de pagamento descentralizadas, reduzindo custos operacionais e proporcionando transparência nas transações. A expansão das moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs), agora mais maduras e regulamentadas, encontrarão espaço no repertório de produtos bancários, oferecendo alternativas sólidas às moedas tradicionais e acelerando a globalização financeira.
Segurança em primeiro lugar
No campo das regulações, espera-se maior ênfase na segurança cibernética e na proteção de dados, impulsionada pelo aumento das ameaças digitais. Os bancos investirão em tecnologias avançadas para garantir a confidencialidade das informações financeiras, alinhando-se a padrões rigorosos de conformidade. Regulações adaptativas surgirão para equilibrar a inovação com a proteção do consumidor, garantindo um ambiente seguro e propício ao desenvolvimento do setor.
E os clientes?
Mais do que nunca, a experiência do usuário (UX) estará no centro das estratégias, com oferta de serviços omnichannel. Os bancos investirão em chatbots avançados e assistentes virtuais para fornecer suporte rápido e customizado. A personalização atingirá um novo patamar, com o uso de análises preditivas para antecipar necessidades dos clientes. Esses são os principais diferenciais competitivos que garantirão a fidelidade e satisfação do público.
E os bancos?
Nessa corrida, os neobanks consolidarão suas presenças, desafiando os bancos tradicionais com soluções inovadoras e ágeis. O movimento de Open Banking ganhará força, redefinindo o relacionamento entre instituições financeiras e fintechs. A colaboração se tornará a norma, estimulando uma gama mais ampla de opções para os clientes – os verdadeiros ditadores de tendências.
Em suma, o setor bancário em 2024 aponta para um cenário cada vez mais digital, regulado e centrado no cliente. Adaptar-se a essas mudanças será imprescindível para o sucesso e relevância contínua das instituições financeiras nesse novo oásis. Uma coisa é certa: sem inovação, não haverá sobrevivência no setor financeiro. Meu conselho para aqueles que querem prosperar é: mantenham-se atualizados e competitivos.
(*) CEO da Qesh.