Empresas do mercado de TI entendem que a diversidade nas equipes geram um ecossistema mais produtivo e enxergam a experiência dos mais velhos como elemento essencial para tomadas de decisões. É evidente que o mercado de Tecnologia da Informação (TI) tem crescido muito nos últimos anos.
As novas tecnologias e a grande demanda para atender empresas e a sociedade como um todo têm alavancado a necessidade de profissionais qualificados para assumirem cargos, em especial, os de liderança dentro das empresas de tecnologia. O setor tecnológico carrega uma série de estigmas e preconceitos, principalmente com os mais velhos, com mais de 50 anos. Muitos acham que essas pessoas não estão aptas ou preparadas para trabalharem no mercado mutável de TI.
Porém, a verdade é que a maioria dos cargos de liderança nesta área é ocupada por elas.
O Diagnóstico Comportamental dos Profissionais de TI, levantamento feito pela IT Mídia e divulgado pelo portal Exame, ouviu 445 profissionais e concluiu que 55% dos diretores de TI das grandes empresas possuem mais de 50 anos. Essa tendência pode ser explicada por diversos fatores, com destaque para o alto conhecimento acumulado por estes profissionais durante o tempo, o que dá a eles a experiência necessária para gerenciar equipes e tomar decisões estratégicas, além dos conhecimentos técnicos.
“Os profissionais com mais de 50 anos no ecossistema de TI são vistos normalmente como experts e visionários, principalmente, em países emergentes e em desenvolvimento. Esses especialistas acumularam uma riqueza de know-how e expertise ao longo de suas vidas, o que os tornam ativos fundamentais para as organizações de TI”, explica Marco Tulio Chaparro, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do Distrito Federal (Sindesei DF).
. Diversidade no mercado de TI – O segredo do sucesso no mercado de tecnologia, independentemente da idade, é estar sempre atualizado e conseguir acompanhar as rápidas mudanças na área. Um dos “perigos” para quem possui mais de 50 anos é ter que apostar tempo, dinheiro e energia em uma tecnologia que é apenas uma tendência passageira e que a demanda por essas habilidades diminua rapidamente ou nem exista.
Por outro lado, as empresas de TI enxergam a importância de equipes diversas não só em idade, mas em todos os aspectos sociais e culturais. A diversidade de idade, gênero e origem também deve ser valorizada, pois contribui para a criação de equipes mais criativas e com diferentes perspectivas.
“Especialistas no setor de TI independem da idade, o que permite que a qualificação seja a real moeda do setor. Quem investe em reciclagem e treinamento está preparado e apto para enfrentar os desafios do mercado e dificilmente fica sem emprego. Esta diversidade não trata apenas idade, mas também cor, raça, orientação sexual, gênero, habilidades e origens culturais.
Em relação à idade, existe a oportunidade de combinar a experiência e o conhecimento dos mais velhos com a energia dos profissionais mais jovens gerando um ecossistema equilibrado”, completa o presidente do Sindesei DF.