Érico Almeida (*)
Desburocratizar processos é a principal meta da área de recursos humanos de uma empresa.
Esse departamento lida com diversas funções de alto nível de complexidade e está perto de ter mais um importante auxílio na jornada rumo a praticidade e agilidade: o FGTS Digital, ferramenta que permitirá a entrada de bases de cálculo do através do e-Social. No entanto, por ser uma novidade, o novo recurso merece uma atenção especial das organizações.
Constantemente, o governo vem investindo em ações que visam facilitar o dia a dia do colaborador e da empresa e, dessa iniciativa, surgiu o FGTS Digital, um conjunto de sistemas integrados que facilitará o cumprimento da obrigação. O foco principal dessa novidade é a desburocratização do sistema e o aprimoramento da qualidade da prestação dos serviços, o que será extremamente útil visando o cenário que temos hoje.
Desenvolvido para facilitar rotinas e reduzir tempo gasto nos processos, essa nova forma de recolhimento irá utilizar as informações declaradas pelas empresas através do e-Social para administrar a sua base de dados. Dessa forma, o envio de admissões, alterações cadastrais e contratuais, desligamentos, remunerações, entre outros serviços, passarão a serem inseridas no mesmo sistema.
A unificação de serviços entre e-Social e FGTS Digital é vista com bons olhos pela área do departamento pessoal, justamente porque o e-Social vem como um importante auxílio na checagem, arrecadação e fiscalização, assim como na identificação e aferimento de prováveis irregularidades e adequações. Já o FGTS Digital, por si só, tornará processos de estorno, compensação, restituição e parcelamento 100% digitais.
A nova ferramenta ainda trará como diferenciais, por exemplo, a eliminação de burocracias e custos adicionais, diminuição de custos operacionais e transparência dos processos. As empresas ainda poderão esperar que o novo sistema utilize remunerações declaradas no e-Social, onde os débitos são individualizados, para recolher várias competências em um único documento, reduzindo tempo e custo operacional.
Essa junção com o e-Social, portanto, irá facilitar a emissão de guias rápidas ou personalizadas, além de verificação de débitos em aberto e consulta de extratos. Naturalmente, dúvidas irão surgir nesse processo de sincronização entre o FGTS Digital e o e-Social, e estou aqui para saná-las. Afinal, o FGTS Digital substituirá o SEFIP? E a resposta é sim. A nova ferramenta substituirá os serviços do SEFIP na geração de guias de recolhimento da contribuição mensal ou rescisória.
Além disso, já me deparei com diversas dúvidas acerca dos métodos de pagamento que serão realizados por meio dessa plataforma. Mas a resposta é simples e inovadora: o PIX foi escolhido como ferramenta de pagamento e, com ele, traz modernidade, confiabilidade e agilidade para os processos. Dessa forma, as perspectivas com a unificação desses dois serviços criam um cenário favorável paras as organizações, as quais terão um alto ganho de agilidade, proficiência e controle.
Ainda considerando as constantes modificações do governo na área trabalhista, torna-se ainda mais essencial contar com o apoio de uma ferramenta 100% pronta para facilitar a integração de novos formatos em acordo com a legislação vigente.
A previsão é para a ferramenta entrar em funcionamento no ano de 2023 e, a partir da entrada em vigor do sistema, todos os empregadores obrigados a recolher FGTS deverão utilizar o FGTS Digital. Dessa forma, é essencial adequar o modelo operacional de sua empresa, tendo como apoio um sistema capacitado para realizar tais alterações. Por isso, buscar formas de se preparar o quanto antes é o ideal.
(*) – É sócio-gerente do Grupo Skill, especializada na prestação de serviços para as áreas de contabilidade, tecnologia, gestão de pessoas e financeiro (https://gruposkill.com.br/).