Fernando Silva (*)
A conservação ambiental defende o desenvolvimento sustentável da humanidade e busca garantir a qualidade de vida para as gerações futuras.
Hoje, dia 13 de outubro, é comemorado o Dia Internacional da Redução de Catástrofes, data criada com o intuito de conscientizar os estados acerca da necessidade de políticas voltadas para a preservação ambiental.
A natureza é e sempre será a maior fornecedora dos elementos básicos para a sobrevivência de qualquer ser vivo. Ela fornece o ar que respiramos através da mágica da fotossíntese, a água que bebemos até a energia que consumimos. Somente em 2022, a floresta Amazônica – maior bioma do mundo – teve 7.943 quilômetros de florestas derrubadas de janeiro a agosto, a terceira pior devastação para o período nos últimos 15 anos.
Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), um desastre natural é o resultado do impacto de um fenômeno natural extremo sobre um sistema social. O relatório Global das Nações Unidas , divulgado em 2020 sobre água e clima, revela que entre os anos de 2001 a 2018, aproximadamente 74% de todos os desastres naturais foram relacionados à água. Nas últimas décadas, também houve o aumento de secas, tempestades e ondas de calor. A previsão para 2050 é de que pelo menos 5 bilhões de pessoas não tenham acesso à água por pelo menos um mês.
Atualmente, cerca de 50% da população mundial consome água poluída e, como consequência, a proliferação de doenças por meio dos microrganismos nocivos aumenta principalmente para aqueles que convivem diariamente com a falta de saneamento básico.
Em 2019, a escassez do serviço, levou a sobrecarga do sistema de saúde, com 273.403 internações por doenças de veiculação hídrica, um aumento de 30 mil hospitalizações comparado com o mesmo período do ano anterior. A Constituição garante a saúde e o bem-estar de todos, mas a ineficiência das políticas públicas, em conjunto com a sobrecarga do sistema de saúde público, torna a condição de vida precária.
O Brasil é um dos principais centros de inovação e tecnologia do mundo, mas não basta somente o desenvolvimento de soluções ambientais, como purificadores capazes de tratar água contaminada e a canalização de esgotos, se o principal problema é a falta de educação ambiental. A mudança só vai ser efetiva no momento em que a população descruzar os braços para as atrocidades cometidas e mudar o seu comportamento em relação ao meio ambiente.
(*) É CEO da PWTech, startup voltada para a purificação de água contaminada. Formado em engenharia química pelo Mackenzie e administração e negócios pela Harvard Business School, é executivo da área comercial com mais de 15 anos de experiência em negócios e soluções ambientais sustentáveis.