Eduardo Miller (*)
Novas tecnologias estão surgindo e remodelando a maneira como trabalhamos todos os dias. No setor industrial, o uso da automação está crescendo e ganhando força. O principal objetivo da automação é ter máquinas que executem tarefas e processos com maior eficiência, entreguem produtos de melhor qualidade e maior satisfação do cliente.
Manufatura aditiva, simulação gráfica 3D, interfaces amigáveis, IoT, conectividade, robótica e recursos avançados facilitam a transformação do processo de usinagem em um processo inteligente, no qual essas são algumas das tecnologias básicas da Indústria 4.0 para a usinagem. Peças com alta exigência de precisão, acabamento superficial, velocidade e sistemas de fabricação flexíveis representam desafios cada vez maiores para o setor de manufatura.
Além da engenharia mecânica e elétrica, software e tecnologia de controle (CNC) eficazes e confiáveis são fundamentais, incluindo sempre novas funcionalidades e prolongando a vida útil dos componentes de uma máquina. Para garantir que as máquinas funcionem sem problemas e que elas possam ter adição de recursos, é fundamental realizar processos de upgrades e inserções de opcionais de software, otimizando a sua funcionalidade.
. Modernizando produtos legados – Produtos legados requerem modernização. Caso contrário, eles podem levar a falhas a qualquer momento. No entanto, um produto legado nem sempre é definido por sua idade. Pode ser devido à falta de suporte (sua obsolescência) ou sua incapacidade de atender às novas necessidades de um negócio ou organização que ele é considerado legado.
Muitas empresas continuam usando componentes obsoletos (arquiteturas de hardware do CNC), independentemente da idade ou qualidade das tecnologias subjacentes. O componente funciona bem há décadas e ainda é capaz de lidar com a maioria de suas tarefas. Na verdade, por que consertar se não está quebrado?
Existem muitas razões para “consertar” seus produtos legados. O custo real de execução desse trabalho é o principal entre eles.
Muitas vezes, para otimizar o funcionamento de máquinas-ferramenta e CNCs, a instalação de opcionais de software, como expansões de coordenada de peças, de corretores de ferramentas e de armazenamento de programas, assim como High Speed/High Accuracy Control, são uma solução rápida, simples e que geram uma significativa redução de custo na linha de produção.
. Máquinas ganham autonomia – Analistas da McKinsey destacam que os mecanismos tradicionais usados para controlar a variabilidade das máquinas antes dependiam de processos rigorosos para identificar desvios na produção e na intervenção de operadores qualificados para compensá-los.
No entanto, à medida que as máquinas se tornam mais inteligentes e adaptáveis, elas podem conduzir cada vez mais essa atividade automaticamente, usando sistemas de controle de circuito fechado para garantir consistência à medida que as condições internas e externas mudam. Mesmo assim, a presença humana continua sendo indispensável. Um grande fator para avaliar e melhorar o desempenho das máquinas é o poder de observação dos operadores.
Os funcionários que interagem constantemente com os equipamentos estão na melhor posição para monitorar as condições dos equipamentos. Ao final, o objetivo de investir na atualização (upgrades) e na otimização das máquinas (inserção de opcionais de software) é aumentar a produtividade dentro da fábrica, proporcionar mais qualidade aos produtos fabricados, aumentar o ciclo de vida dos equipamentos e reduzir custos, o cenário ideal para o responsável pela linha de produção.
(*) – É engenheiro de aplicação da Mitsubishi Electric.