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Com ativos da Oi e 5G, TIM quer ser melhor operadora do Brasil

em Economia
quinta-feira, 05 de maio de 2022

O CEO da TIM Brasil, Alberto Griselli. Foto: Divulgação

Impulsionada pela conclusão da compra dos ativos móveis da Oi e pela iminente implantação do 5G, a TIM Brasil quer se tornar agora a melhor empresa do país no setor. Em conferência com analistas e investidores, o CEO da TIM no país, Alberto Griselli, disse que a companhia tem potencial para aumentar seu valor em 50% até 2027, contra 20% do mercado como um todo.

“No mundo mobile, a ambição é de nos tornarmos a melhor operadora do Brasil. E o que significa isso na prática? Significa a melhor oferta, a melhor qualidade do serviço para o cliente e a melhor rede do ponto de vista de serviço e eficiência”, afirmou o executivo. Essa meta chega em um momento determinante para o setor de telecomunicações no Brasil, com a expectativa pela implantação do 5G e a divisão dos ativos móveis da Oi entre TIM, Claro e Vivo.

“Do ponto de vista comercial e de infraestrutura, nós ganhamos muito com essa operação [a compra da Oi]. Estamos ganhando clientes em duas praças estratégicas para nós: São Paulo e Rio de Janeiro. Isso é um boost no plano que estávamos executando”, afirmou Griselli. A TIM Brasil espera que o negócio proporcione uma criação de valor entre R$ 16 bilhões e R$ 19 bilhões, mais que o dobro dos cerca de R$ 7 bilhões pagos por sua parte nos ativos móveis da Oi.

Sobre o 5G, a companhia já concluiu a implantação da rede core standalone, ou seja, que não depende de uma tecnologia anterior para funcionar. “Somos a primeira operadora na América Latina a lançar o core 5G standalone. Quando a Anatel liberar o espectro, vamos estar preparados para, no momento seguinte, subir a nova rede”, explicou Leonardo Capdeville, chief technology information officer da TIM.

“A gente vai entregar a melhor rede do Brasil”, prometeu Capdeville, ressaltando que, com a incorporação dos ativos móveis da Oi, a TIM será líder em cobertura no país, tanto em cidades quanto em população. Após a migração, a empresa espera alcançar 5.370 municípios brasileiros, com a meta de chegar em todas as cidades do país até 2024. “Quiçá a gente consiga cumprir ainda neste ano”, afirmou o diretor. A empresa também divulgou os resultados operacionais do primeiro trimestre de 2022, que mostram lucro líquido normalizado de R$ 419 milhões, alta de 51,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Já a receita líquida da operadora subiu 8,9%, chegando a R$ 4,727 bilhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado cresceu 5,1%, atingindo R$ 2,123 bilhões. A base de clientes da empresa subiu 1,1%, para 52,305 milhões, puxada pelo crescimento de 4,5% entre os usuários do serviço pós-pago, que chegaram a 23,215 milhões, o que reflete a estratégia da TIM Brasil de apostar nesse segmento (ANSA).