O setor de desenvolvimento de softwares passa por um turbilhão de influências: transformação digital, pandemia, trabalho remoto, serviços digitais, falta de desenvolvedores qualificados, entre outras. De acordo com o Gartner, o mercado global de low-code deve movimentar mais de US $13,8 bilhões e até 2024 mais da metade dos softwares e aplicativos serão desenvolvidos neste método.
Para explicar o que é o Low-code, tema do momento na tecnologia, Adeisa Romão, diretora Comercial da OutSystems no Brasil, startup portuguesa (unicórnio), líder, pioneira e desenvolvedora da plataforma low-code mais utilizada no mundo, aborda sua importância para a digitalização e evolução das empresas.
“Os aplicativos, sites, programas de computador e jogos eletrônicos, por exemplo, utilizam códigos, que representam cada um dos itens, ícones, acessos e movimentos que o usuário fará. Uma plataforma low-code é uma forma de desenvolver softwares e aplicações — mobile e web — com pouco ou nenhum nível de codificação, ou seja, ela torna o desenvolvimento extremamente simplificado”, diz Adeisa.
“A forma tradicional de desenvolver softwares exige grande proficiência em diversas linguagens de programação, um time multidisciplinar, uma ampla infraestrutura de profissionais e recursos, e muito trabalho manual. O principal diferencial de uma plataforma low-code está na produtividade e simplicidade”, explica a diretora da OutSystems no Brasil. Não há restrições para a criação em plataformas low-code, o que dá maior liberdade criativa para os desenvolvedores.
Temos uma demanda grande, não apenas para a criação, mas também para a modernização de aplicações e softwares, que já estão sendo executados. Com os métodos tradicionais, seriam meses de trabalho, com equipes de 10 pessoas, enquanto com o low-code, bastam quatro profissionais e algumas horas para ter uma atualização simples ou até seis semanas para uma aplicação mais crítica.
Consideramos o Low-code o futuro da tecnologia, pois o tempo de entrega de projetos é de três a sete vezes mais rápido, com redução no backlog, no débito técnico e no custo dos projetos de 60% a 80%, e maior integração com a área de negócios. Os componentes pré-prontos, os aceleradores e a linguagem visual, que é muito mais intuitiva, têm uma curva de aprendizado mais rápida e permitem que os usuários entendam as regras de negócio programadas na aplicação.
Adeisa conta que a pandemia acelerou muito o processo de digitalização dos negócios e quem já utilizava uma plataforma de desenvolvimento low-code, saiu na frente para se adaptar à nova realidade. Como a aplicabilidade das plataformas low-code não tem limites, elas estão presentes em diferentes setores da indústria e serviços.
Um exemplo de como uma programação mais rápida afeta positivamente a vida das pessoas, foi o avanço da telemedicina durante a pandemia. Tornou-se uma questão de segurança e saúde o atendimento das pessoas em casa. Com o low-code, milhares de pessoas foram impactadas de forma decisiva, já que APPS foram desenvolvidos em menos de um mês com a finalidade médica.
Além da agilidade e alcance, as aplicações desenvolvidas em low-code costumam ser até mais seguras do que a maioria das convencionais, pois, o código gerado pela ferramenta possui diversos pontos de segurança automáticos que evoluem a cada nova versão enquanto a tradicional precisa passar por constantes revisões em seus pontos de falha.
Isso faz com que caia por terra o estigma de que há vulnerabilidade e que os códigos ficam abertos, com fácil acesso. A segurança é algo primordial para o desenvolvimento de softwares e aplicações e as plataformas low-code oferecem uma infraestrutura completa e com atualizações constantes. Temos cases de clientes que conseguiram reinventar, adaptar e se manter relevantes no mercado.
Como por exemplo, as seguradoras que conseguiram concentrar em único sistema toda comunicação com seus clientes, corretores e times internos, ganhando agilidade na comunicação, e empresas de logística que mudaram seus sistemas para atender a nova demanda do mercado.
Outro ponto positivo dessa linguagem de programação é a abertura do mercado para mais profissionais atuarem em um setor que tem escassez de mão de obra. Esse método de desenvolvimento está abrindo novas frentes de trabalho para os profissionais que atuam com programação e desenvolvimento, tanto que a maioria dos desenvolvedores low-code vêm de linguagens tradicionais.
Para qualquer um que tenha conhecimento de pelo menos uma linguagem de programação, a transição é muito fácil. Em poucas semanas de treinamento o desenvolvedor está apto a atuar em projetos reais. Inclusive para os interessados em conhecer mais sobre o tema, a OutSystems oferece treinamentos online gratuitos, inclusive traduzidos para o português do Brasil.
Por isso, os desenvolvedores podem ficar tranquilos que este não é o fim para a profissão e sim, algo que vai agregar novas possibilidades, uma vez que os aceleradores e componentes da plataforma liberam o desenvolvedor de tarefas manuais e repetitivas para que possam dedicar seu tempo a novas soluções, inovações e boa arquitetura. – Fonte e mais informações: (https://www.outsystems.com/).