É como consumir energia elétrica: você só paga por ela quando usa. Esse é o conceito básico do armazenamento em nuvem, caminho utilizado por empresas dos mais variados timbres e que tem na função e na economia seus grandes atrativos.
A migração do ambiente On-Premise para a nuvem (em inglês, cloud) foi o tema de mais uma edição do DevTalk, evento voltado aos arquitetos e engenheiros em tecnologia, organizado pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-PR).
A CentralServer, associada da entidade, teve participação especial, além do time da Amazon Web Services, plataforma de serviços de computação em nuvem oferecida pela Amazon.com, e reuniu quase 100 participantes. “O time da AWS, com quem temos parceria desde 2018, foca em trabalhar com escalabilidade, resiliência e segurança”, apresentou o CEO da CentralServer, Juliano Simões. Somam-se aos adjetivos, outros dois: a funcionalidade e o custo, características bem particulares do armazenamento na nuvem.
“É exatamente como a energia elétrica. No armazenamento na nuvem, você vai pagar pelo serviço que está usando”, assegurou, resgatando o exemplo do interruptor, o arquiteto da AWS, Augusto Breowicz. O profissional lembrou que a AWS nasceu na Amazon para atender às demandas internas do portal; logo, de tão grande e eficiente, pôde ser monetizada e vendida no mercado. A Amazon tem mérito, afinal, a AWS é o primeiro serviço em computação em nuvem no mercado; a estrutura da AWS está disponível no mundo todo, com mais de 200 serviços para suportar as mais variadas cargas.
Com expertise, a plataforma vem capitalizando mais empresas, agregando conhecimento, sem tirar o foco das nuvens. “Temos agilidade, redução de custo, facilidade na escalada e foco no diferencial de negócios”, afirmou Augusto, complementando que os dados são o alicerce de implantações bem-sucedidas.
Ao movê-los para a nuvem, é preciso entender para onde eles estão indo, com base nos diferentes casos de uso, nos tipos de dados que estão sendo movidos e nos recursos de rede disponíveis, entre outras considerações. “É aí que entra a AWS, com a oferta de uma variedade de serviços e ferramentas de parceiros para ajudar na migração dos dados”. O armazenamento na nuvem é um modelo em que os dados ficam na internet por meio de um provedor de computação na nuvem, que gerencia e opera o armazenamento físico de dados como serviço.
O serviço é fornecido sob demanda e elimina a compra e o gerenciamento de infraestrutura própria de armazenamento físico de dados. Assim, dá para ter agilidade, escala global e resiliência, com acesso aos dados a qualquer momento ou lugar. O modelo permite que os departamentos de TI transformem três áreas: o custo total de propriedade, o tempo de implantação e o gerenciamento de informações.
Cases de sucesso de quem migrou foram lembrados no encontro virtual. O iFood, por exemplo, utiliza a nuvem e contabiliza bons resultados. “Eles precisavam de escalabilidade. A partir do momento em que decidiram por isso, foram para a nuvem pela questão da elasticidade também. Eles não conseguiam lidar com a demanda dos pedidos de almoços e dos domingos.
Durante o período de pico, eles escalaram até para 500 servidores e, depois, racionaram isso. Além disso, pensando em um diferencial a mais, eles reduziram o máximo possível o tempo do entregador, usando um modelo de machine learning e com a construção de dois modelos que, na prática, melhorou a rota dos entregadores e reduziu o tempo ociosos deles”, contou Flávio de Moraes, mais um profissional da AWS.
A fintech EBANX nasceu em 2012, cresceu muito e, também, precisou migrar. “O ponto principal foi a certificação. Eles começaram a operar com um data center tradicional, mas a necessidade de contar com maior escalabilidade, agilidade e segurança para gerenciar demandas de grandes clientes levou à migração”, pontuou Moraes. A digitalização do Banco Bari é outro exemplo de migração.
O uso da nuvem permitiu ao grupo não apenas que ele entrasse em operação, mas também foi fundamental para o lançamento de seus produtos, alguns inovadores, como o cartão de crédito com lastro imobiliário.
Como migrar? – A AWS tem suporte e gosta de fazer o caminho inverso, para que os novos clientes tenham mais clareza da mudança. “Gostamos de trabalhar de trás para frente, entendendo o que é importante e, aí sim, achar uma solução”, explica Evandro Melo, também do time AWS. “Não adianta entregar comida fresca com um caminhão de carregar minério. É preciso entender o que combina com cada necessidade”, compara Moraes.
A plataforma, baseada nos casos já assistidos, dispõe de uma jornada pró-migração, em que as estratégias são adaptadas às necessidades de cada empresa. “É possível migrar manualmente ou com ferramentas já nativas da AWS. Senão, temos ferramentas parcerias”, completa Melo. Quem faz a migração com a AWS, pode optar na escolha dos serviços (não é necessário abraçar todos os produtos).
O DevTalk seguiu por mais de duas horas. Foi possível trocar informação e, finalmente, brincar em um quiz, com perguntas sobre o tema da noite. De quebra, o maior pontuador levou um Echo Dot, assistente virtual que responde comandos e até
Acompanhe o calendário dos próximos DevTalks no site (www.assespropr.org.br).