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Atualizações sobre o ensino da Contabilidade no Brasil

em Mais
segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Foi no dia 22 de setembro de 1945, data em que se comemora o Dia do Contador, que foi instituído o primeiro curso superior em Ciências Contábeis e Atuariaisl. Há muitas versões sobre essa origem do ensino da contabilidade no País: escolas de comércio, aulas de escrituração mercantil, aulas de práticas comerciais, entre outras modalidades correlatas.

“Todavia, com o passar dos anos, o ensino contábil tornou-se indispensável nas mais diversas áreas do conhecimento e o curso superior em Ciências Contábeis consolidou-se em todo o país”, avalia o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Aécio Prado Dantas Júnior. Dados do Inep apontam a existência de mais de 350 mil matrículas nos 1.489 cursos de graduação em Ciências Contábeis existentes no Brasil, na modalidade presencial e a distância.

No âmbito da pós-graduação, o levantamento apresenta 37 cursos de mestrado, sendo 31 acadêmicos e 6 profissionais, bem como 15 cursos de doutorado, sendo 14 acadêmicos e 1 profissional. Porém, a pandemia do coronavírus trouxe novos desafios a todos os profissionais e particularmente aos professores das Ciências Contábeis. “Professores que estavam habituados a aulas presenciais, salas de aula cheias e à utilização de recursos convencionais, se viram obrigados a utilizar novas tecnologias para garantir a manutenção de suas aulas de maneira remota e atender aos anseios de milhões de discentes que passavam pela mesma crise, ressaltou Dantas Júnior.

Em uma recente pesquisa realizada com 528 docentes contatou-se que dos 528 docentes, 92% estavam habituados a ministrar aulas presenciais antes da pandemia e 47% desses nunca haviam sequer lecionado disciplinas em formato EaD anteriormente. “A realidade é nova para muitos, uma vez que 89% dos docentes relataram que as Instituições de Ensino Superior (IES) às quais estão vinculados migraram o formato das aulas para a modalidade online. Muitos se queixam de experiências na utilização de novas plataformas digitais: 51% desses receberam apenas de 0 a 5 horas de treinamento para lidar com as novas ferramentas”, conta o vice-presidente do CFC.

Quando questionados sobre os métodos avaliativos de aprendizagem, 56% afirmam que a prova continua sendo o principal meio de avaliação, entretanto, citam também outras soluções encontradas como forma de diversificação para o momento, tais como: atividades em grupo, debates, fóruns, seminários e exercícios. Quanto à retomada das aulas presenciais, 70% dos docentes afirmam que sua IES possui algum plano de retorno, 22% desses acreditam em um retorno das atividades presenciais ainda no ano de 2020 e cerca de 49% preveem o retorno somente para o ano de 2021.

Diante dessa realizada, Dantas Júnior avalia que a prática da constante busca por novos conhecimentos é habitual na carreira docente, e a realidade atual traz uma série de novas possibilidades que devem ser exploradas e utilizadas com magnificência nesse grandioso processo de aprendizagem entre professores e alunos (AI/CFC/Apex).