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KPMG destaca visão de CEOs sobre economia, negócios e pandemia

em Destaques
terça-feira, 29 de setembro de 2020

Antes da Covid-19, a expectativa dos CEOs brasileiros em relação à expansão da economia nacional era positiva e havia subido de 76% no início de 2019 para 82% no início de 2020. Sobre as expectativas dos CEOs brasileiros relacionadas ao desempenho da economia global, houve uma queda de 74% para 64% quando somados confiantes e muito confiantes. Em relação ao crescimento de suas empresas, 92% estavam confiantes no início deste ano, sendo 88% o dado do início do ano passado.

Essas são algumas das conclusões da pesquisa CEO Outlook 2020, conduzida pela KPMG em janeiro e fevereiro de 2020, antes que o mundo começasse a sentir os impactos da pandemia. Foram entrevistados 1.300 CEOs das principais economias do mundo, 50 CEOs brasileiros e 270 CEOs da América do Sul para entender as principais preocupações, prioridades, desafios e expectativas com relação à economia e negócios.

Sobre o crescimento do setor de atuação, a confiança caiu na comparação de 2019 com 2020, embora permaneça bastante elevada. Os confiantes são 76%, mas eram 82%. Mesmo assim, é praticamente igual a parcela de entrevistados que estimam crescimento nas receitas no próximo triênio entre 0,01% e 1,99% ao ano. Foi registrada também estabilidade na expectativa de ampliação do quadro de funcionários, com 70% esperando adicionar menos de 5% de novos profissionais à atual equipe. Em 2019 o dado era de 74%.

“O objetivo do CEO Outlook é estabelecer um retrato fiel sobre o que pensam os empresários líderes de negócios que atuam em escala nacional, regional e mundial em relação ao desenvolvimento das operações, aos desafios que enfrentam e suas estratégias para planejarem o sucesso de suas organizações nos próximos anos. Tudo isso com um olhar atualizado e direcionado para as questões mais relevantes relacionadas com economia e negócios”, afirma Charles Krieck, presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul.

A comparação desta pesquisa com os dados posteriormente apurados nos meses de julho e agosto, ou seja, incluindo análises sobre os impactos da pandemia, já revela uma perspectiva distinta. Neste caso, a pesquisa CEO Outlook 2020 Covid-19 Pulse revelou que, sobre as expectativas de crescimento para o Brasil, os CEOs brasileiros responderam o seguinte: muito confiantes (7%), confiantes (33%), neutros (20%), não muito confiantes (7%) e nada confiantes (33%). Os executivos de outros países estão um pouco mais otimistas, uma vez que, na América do Sul, 13% estão muito confiantes e 33% estão confiantes. Na amostra global, 10% estão muito confiantes e 35% estão confiantes.

Em relação às expectativas de crescimento para a economia global, os CEOs brasileiros indicaram o seguinte: muito confiantes (13%), confiantes (13%), neutros (33%), não muito confiantes (33%) e nada confiantes (8%). São dados distintos de executivos de outros países, uma vez que, na América do Sul, 3% estão muito confiantes e 21% estão confiantes. Já na amostra global, 7% estão muito confiantes e 24% estão confiantes.

A pesquisa da KPMG também apurou as expectativas de crescimento para o setor de cada empresa. De acordo com os CEOs brasileiros, os dados são os seguintes: muito confiantes (7%), confiantes (20%), neutros (40%), não muito confiantes (13%) e nada confiantes (20%). Nesse caso, os executivos de outros países revelam um otimismo mais expressivo se compactados com os do Brasil. Para os entrevistados da América do Sul, 14% estão muito confiantes e 31% estão confiantes. Na amostra global, 15% estão muito confiantes e 40% confiantes.

As expectativas de crescimento para a organização após o início da pandemia também foram abordadas. No Brasil, os CEOs indicaram as seguintes respostas: muito confiantes (0%), confiantes (40%), neutros (0%), não muito confiantes (47%) e nada confiantes (13%). Os dados contrastam com os demais entrevistados. No caso dos CEOs da América do Sul, 10% estão muito confiantes e 43% estão confiantes. Na amostra global, 19% estão muito confiantes e 49% estão confiantes.

“A nossa pesquisa também evidenciou que 2020 poderia ter sido um ano de grandes mudanças no Brasil, relacionadas com a possível renovação do cenário econômico, que apresentava seus primeiros movimentos para superar um período de crise iniciado há alguns anos, quando as taxas de desemprego subiam e o Produto Interno Bruto perdia força. Até o primeiro bimestre de 2020 persistia um clima de confiança e muitos acreditavam na retomada da boa fase da economia”, completa Charles Krieck, presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul.

Os setores de atuação dos respondentes da pesquisa do início 2020 são os seguintes: bancos; consumo e varejo; indústria de transformação; energia; infraestrutura; telecomunicações; seguros; automotivo; tecnologia; saúde; e gestão de ativos. Não houve mudanças no que diz respeito à receita média das empresas, sendo que a maioria delas (56%) registrou ganhos entre US$ 1 bilhão a US$ 9,9 bilhões no ano fiscal anterior. Porém, se em 2019 a maioria (74%) das empresas teve crescimento de receita, no início de 2020 pouco mais de metade (58%) dos entrevistados afirmaram o mesmo.

Sobre as possíveis estratégias de crescimento para os próximos três anos, a mudança mais relevante dos CEOs foi relacionada com a adoção do crescimento orgânico. Em 2019 esta era a opção de 18%, mas, no início de 2020, 32% disseram que apostariam nessa alternativa. A KPMG também apurou quais são as principais dificuldades que os CEOs observam na busca pelo crescimento de suas organizações. No início de 2020, 72% dos entrevistados disseram que o crescimento da empresa dependeria de sua capacidade de desafiar e criar disrupção em qualquer norma de negócios, indicador que era de 68% em 2019.

A pesquisa abordou com os CEOs como está a busca por inovação. Em 2019 e no início de 2020 mais de 70% afirmaram que suas companhias são ativamente disruptivas no setor em que operam. E quase todos entendem que a disrupção tecnológica representa uma oportunidade de avançar no mercado.

Apesar disso, eles avaliam que que, de forma geral, os prazos para alcançar um progresso significativo na transformação são uma fonte de grande pressão. Outro dado relevante é que 64% dos entrevistados disseram no início de 2020 que estão liderando pessoalmente a estratégia tecnológica da organização, contra 76% que deram a mesma resposta no ano anterior. O conteúdo pode ser acessado na íntegra no link (www.kpmg.com.br/ceooutlook).