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Quem quer ser um milionário?

em Destaques
segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Willian Kahler (*)

O título deste artigo, o mesmo do marcante filme dirigido por Danny Boyle e baseado no livro “Q & A”, do autor e diplomata indiano Vikas Swarup, remete a uma reflexão inerente à condição humana: acumular um capital que garanta sonhos e objetivos realizados e uma aposentadoria tranquila. Se o seu objetivo é este, a boa notícia é que, para conquistá-lo, você não precisará responder perguntas num programa de TV, como fez Jamal Malik Othman, personagem principal do longa-metragem que arrebatou o Oscar em 2009.

Então, o que fazer para poupar e cuidar do dinheiro que se esforçou tanto para receber? E como você cuida dele? “Chegar lá” é apenas parte do processo. E muitos de vocês, que estão lendo este texto, podem já ter atingido patamares superiores a um milhão de reais. A questão é: o que você tem feito para preservar tal patrimônio? Será que é mais difícil gerir seus recursos de modo inteligente do que acumular riqueza?

Aqui vai uma curiosidade: apenas no ano passado, o Brasil “ganhou” 42 mil novos milionários. Uma das maiores altas do mundo, segundo o Relatório de Riqueza Global do banco Credit Suisse. E ainda existe uma projeção de que, até 2024, esse número cresça em 23%. Dados como esses mostram que é completamente possível acumular fortunas. Mas, e aí? O que fazer quando estivermos nesse patamar?

Há alguns anos, ouvi uma frase, que ficou marcada até hoje na minha cabeça: “O dinheiro é o melhor funcionário, mas também é o pior patrão”. Durante a maior parte de nossa vida produtiva, acabamos empreendendo mais tempo ‘’correndo atrás’’ dele do que o colocando para trabalhar por nós. Por isso, vale a reflexão de quanta energia se está colocando para cuidar do nosso patrimônio, visto que existem muitos casos de grandes patamares de riquezas serem arruinados por investimentos ineficientes de capital.

Prova disso é que, em maio de 2019, as cadernetas de poupança atingiram recorde histórico de captação. Foram mais de R$ 37 bilhões de reais – a maior captação líquida desde a sua criação, em 1995. Atualmente, a poupança rende 70% da taxa Selic – que já se encontra nas mínimas históricas e tem projeções de novos cortes, ainda em 2020.

Investir na poupança é como ter um profissional extremamente qualificado na sua empresa e colocá-lo para trabalhar apenas duas horas por dia. É um desperdício de potencial. É claro que, quando falamos de investimentos, é indubitavelmente mais difícil cuidar de muito dinheiro do que de pouco. A história prova com dúzias de casos de pessoas ricas que acabaram perdendo suas fortunas por negligenciar a forma de gerir os seus próprios recursos.

Os investidores mais bem-sucedidos que eu conheço procuram o auxílio de profissionais especialistas no assunto, quando vão aplicar seus recursos. Até mesmo CEO’s de grandes corretoras, como Guilherme Benchimol, da XP, dizem contar com o suporte de assessores de investimentos para encontrar as melhores aplicações financeiras. Tratar os seus investimentos com o suporte de um especialista é algo lógico, mas que nem sempre encaramos assim.

Faço analogia com um médico: se precisamos cuidar do coração, procuramos um cardiologista, ou seja, alguém que seja expert no assunto, certo? Na hora de investir, é preciso fazer o mesmo: especialistas vão nos oferecer “tratamentos” geralmente muito melhores do que os generalistas. Assessores de investimentos têm um know-how maior no assunto, pois este é o seu único foco.

E esses profissionais geralmente atuam em empresas afiliadas a corretoras, que proporcionam um sistema de ‘’arquitetura aberta’’, no qual você pode encontrar todos os tipos de aplicações diferentes, das mais diversas classes de risco e, principalmente, de várias instituições financeiras diferentes.

Por não ter exclusividade em distribuir produtos de uma única marca, as arquiteturas abertas podem proporcionar-lhe o benefício da comparação, oferecendo mais opções, e com a praticidade de aplicar em várias instituições financeiras por meio de uma única conta. É claro que quando temos mais opções, as decisões de escolha tornam-se mais difíceis.

E é aí que entra o trabalho dos bons assessores de investimentos: entender os objetivos, anseios e perfis dos investidores, para apresentar as aplicações financeiras que vão atender as suas necessidades da melhor forma. E o fato deste atendimento não ser “monobandeira” o torna imparcial e alinhado com o cliente.

Mas, esta ainda é uma nova e crescente realidade por aqui. Atualmente, no Brasil, apenas 5% dos investimentos são realizados por meio de especialistas, enquanto em países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, mais de 80% das aplicações financeiras são feitas com o intermédio de assessores experts.

Felizmente, o cenário vem mudando. Nós, da Messem Investimentos, um dos maiores afiliados da XP Inc., temos visto um aumento relevante na procura de assessoria financeira nos últimos anos e enxergamos grandes perspectivas de crescimento nesse setor. Os meses de maio a julho de 2020 exemplificam isso: registramos resultados recordes de novos investidores, mesmo em um cenário de adversidade nunca visto. E já administramos quase 10 bilhões de reais em investimentos dos nossos clientes.

Com as mudanças do cenário econômico, deixamos de ser um “país de rentistas”. Isso é ótimo, mas temos de nos adaptar – e está mais do que na hora de termos especialistas qualificados nos ajudando com os nossos investimentos, assim como procuramos médicos de confiança para cuidar da nossa saúde.

Minha sugestão? Procure um especialista de confiança, que seja referência no mercado, para auxiliá-lo com os seus investimentos. Já ficou evidente que acumular riqueza é apenas parte do processo, não é? Cuidar de preservar e ampliar seu patrimônio é mais importante (e, inclusive, mais difícil). E o seu dinheiro? Ainda está na poupança? Esta talvez seja a única pergunta a ser respondida, a você próprio, para tomar uma atitude e buscar ajuda profissional competente. Eis o caminho para ganhar o “Oscar” de um futuro melhor!

(*) – É sócio-diretor da Messem Investimentos.