Fernando Brolo (*)
Atualmente, é possível encontrar uma grande quantidade de materiais produzidos que abordam o futuro pós-COVID-19 e como as empresas deverão se comportar. Ainda é cedo para indicar parâmetros concretos, mas poucos estão destacando uma parte fundamental dessa discussão, igualmente fruto do dinamismo ocasionado pelo vírus: os planos de contenção, de modo geral, conseguiram suportar as consequências do distanciamento e os efeitos decorrentes do período?
Considerando a gestão em sua totalidade, bem como a condução de atividades operacionais, é ponto passível de entendimento que as organizações precisam adotar uma nova concepção quanto a efetividade de seus planejamentos.
Claro, há de se considerar o choque ao quadro empresarial proporcionado pelo contágio em massa da doença. O tempo hábil para se sustentar um terreno concreto de resposta à pandemia foi extremamente curto, dado o tamanho da emergência que inúmeros países ainda têm de enfrentar.
Nesse sentido, coloco como prioridade transformar aprendizados dos últimos meses em oportunidades para se potencializar os resultados de um negócio.
1 – Planejamento de curto, médio ou longo prazo? – Estabelecer planos capazes de surtir resultados satisfatórios a longo prazo. Até lá, a empresa deverá cumprir etapas previamente alinhadas e esperar que os esforços mantenham o status das atividades em plena harmonia operacional.
Você certamente já se deparou com essa noção estratégica, que prioriza a obtenção de conquistas lá na frente. Não há nada de errado no ato de se apoiar em uma visão ampla do cenário que se está inserido, mas essa não deve ser a única válvula de escape do gestor.
Independentemente do segmento ou o tamanho da empresa, o mercado sempre se encontrará suscetível à influência de fatores externos que fogem do poder de decisão de cada um. O que fica a cargo e sob a responsabilidade das figuras de liderança são os modelos propostos para minimizar os estragos e garantir que, internamente, as atividades continuem caminhando de forma adequada, sem grandes traumas.
Portanto, é fundamental discutir alternativas de se consolidar um planejamento flexível. Isso nos leva ao próximo tópico.
2 – Cultura humanizada é condicional para qualquer estratégia – Pessoas movem empresas. É inconcebível construir qualquer tipo de planejamento estratégico sem colocar em pauta esse componente tão importante. Querendo ou não, os profissionais são as maiores armas de resposta a crises momentâneas, e tal protagonismo deve ser levado em consideração. Essa mentalidade é compatível com o que se espera de uma cultura interna humanizada.
Em outras palavras, artifícios inovadores servirão para potencializar as atividades conduzidas por pessoas, atribuindo o devido valor operacional. Uma empresa que enxergue esse requisito com a atenção necessária não só facilita a criação de uma filosofia de trabalho assertiva e simplificada, como abre espaço para novos ganhos de engajamento e produtividade.
Evidentemente, os motivos por trás da obrigação de se readequar procedimentos não foram os melhores, mas expuseram a fragilidade de companhias que por muito tempo ignoraram a chegada de novidades positivas.
O futuro pós-pandemia passa, sem sombra de dúvidas, pela autoanálise profunda de líderes e gestores. Como auxílio técnico e fundamental nessa equação estratégica, podemos direcionar o artigo para a presença tecnológica.
3 – Tecnologia é aliada operacional e deve ser implementada – Até o início de março, mês no qual os primeiros casos de coronavírus foram identificados e as autoridades responsáveis passaram a sancionar medidas mais contundentes, a transformação digital dominava o debate empresarial como uma tendência irrefreável. No entanto, por mais que o foco tenha sido redirecionado, com razão, para o combate ao COVID-19, a tecnologia não foi deixada de lado.
Com a urgência de se transportar métodos de trabalho ao ambiente remoto, não se pôde almejar qualquer tipo de manuseio das atividades sem o auxílio da máquina. Não é exagero nenhum afirmar que do ponto de vista estratégico, soluções inovadoras mostraram-se indispensáveis.
Decisões respaldadas por análises preditivas, comunicação preservada apesar das adversidades impostas pelo vírus, gestão sustentada por softwares eficazes em assegurar o fluxo de informações, são alguns exemplos significativos e que apontam para um modelo de negócio promissor.
De um lado, a sensibilidade de uma governança humanizada, do outro, a base processual de plataformas automatizadas como garantia de segurança e otimização das tarefas realizadas. Dois caminhos acessíveis e que contribuem para a utilização de um planejamento estratégico flexibilizado em sua essência.
Qual é a sua opinião sobre a importância dos planejamentos no futuro pós-pandêmico? Participe do debate e faça essa reflexão!
(*) – É Sales Partner na logithink (https://www.logithink.it/).